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Com muita chuva e gente nas ruas, BH bate recorde na folia

Baianas Ozadas levam 100 mil foliões às ruas; Corte Devassa, Filhos de Tchá Tchá e Unidos do Barro Preto se destacam

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PUBLICADO EM 16/02/15 - 21h01
Enquanto o bloco Baianas Ozadas realizava uma lavagem de escadarias simbólica (leia-se 'a seco') em um prédio do centro da cidade, em alusão ao tradicional rito de Salvador, São Pedro mandou água de verdade. Sim, foi muita chuva, a ponto de lavar não apenas escadas e ruas, mas também a alma dos que acompanhavam o batuque da Praça da Liberdade em direção à Praça da Estação, somando um número impressionante de mais de 100 mil foliões. Em tempos de crise hídrica, o temporal foi mais que bem-vindo e transformou o dia de folia de BH num mar de gente molhada e feliz, que se espalhava por todos os bairros e regiões onde quer que houvesse um pingo de Carnaval. Fosse no centro, na Floresta, no Barro Preto ou no Isidoro. A segunda foi assim, de recorde e de chuva.
A ideia do bloco mais “ozado” da capital era encontrar outros cortejos que cortavam as ruas centrais da cidade e fazer uma reunião de muito axé, o que não chegou a se concretizar devido à água que caía forte. Nem precisou. Antes que as baianas chegassem ao seu destino, já tinham ocupado todo o espaço disponível e ultrapassado qualquer expectativa de público, dos organizadores do público ou da PM. Por causa do recorde, aliás, o Baianas Ozadas quase não saiu. Foram duas horas de atraso e de negociações com o corpo de bombeiros até que a bateria começasse a andar. “Chupa Salvador”, gritava quem estivesse lá. Leia mais aqui.
Não muito longe dali, na rua Sapucaí, os foliões trocaram a indumentária branca pela pompa, pelos espartilhos e pelo pó de arroz de uma corte bem devassa. O bloco, que brinca com a chegada da família real portuguesa em um país tropical em plena festa do corpo, questionava a homofobia, o machismo e as amarras à sexualidade. Ao som de samba e funk, a Corte Devassa arrastou mais de mil subversivos da realeza. Saiba mais aqui.
Questionar também foi a intenção do bloco Filhos de Tcha Tcha. Levando gente colorida e alegre para a Ocupação Esperança, na região do Isidoro, eles queriam não apenas experienciar outra Belo Horizonte longe do eixo centro-sul, como fortalecer a luta da comunidade. Para arrecadar dinheiro para a construção de um galpão de reuniões, moradores vendiam quitutes como chup-chups, pastéis e espetinhos para aliviar a fome dos mais esfomeados, já o alívio do calor ficava por conta das mangueiradas vindas diretamente das casas. Mais tarde a água veio do céu e, embora a farra tenha continuado, as ruas do local ficaram muito enlameadas. Leia mais aqui.
Lama também é palavra ideal para definir o bloco Unidos do Barro Preto. Mas no bom sentido. A chuva da tarde também pegou o pessoal que se aproximava da Praça Raul Soares. Juntando a água de São Pedro com a água da fonte, os foliões se banharam sem reservas e sem frescura, sujando de lama quem também tentava um abrigo debaixo das marquises. Mesmo dispersando grande parte do bloco, restaram mais de 500 enlameados fazendo acrobacias pelas ruas da capital. Saiba mais.
 
Outras cidades
Sob ameaça de falta d'água e com o Carnaval da praticamente 'vizinha' BH bombando, Ouro Preto registrou uma folia menos movimentada nesta segunda. Os comerciantes chegam a falar em queda de 30% no número de turistas que, ainda assim, fizeram bonito nas ladeiras históricas, curtindo os tradicionais blocos caricatos. Leia mais (link) 
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