Oportunidade
Cantor sai de Juazeiro do Norte para vender seu 'hit' no Castelão
Seu Antônio parte para o quinto disco e o último conta com canção que cita as 32 seleções que disputam o Mundial, além de garantir o hexa
Fortaleza (CE). O fato da avenida que dá acesso ao Castelão estar completamente livre na manhã desta sexta-feira faz qualquer movimentação ser facilmente percebida. Principalmente quando ela vem de um senhor de 82 anos, com roupas coloridas, usando um microfone para cantar e divulgar seu trabalho. A arena será o palco de Brasil e Colômbia, a partir das 17h, em jogo válido pelas quartas de final da Copa do Mundo.
De barba e sapato branco, camisa multicor e uma calça que remete aos anos 70, Antônio Cantor, como gosta de ser chamado, aproveita a presença do torneio para tentar aumentar o número de vendas. Ele usa um microfone acoplado ao rosto para facilitar o andar sob o forte calor. Nas mãos, os cinco CD´s que já produziu.
Quando foi abordado pela reportagem, seu Antônio deixou o microfone ligado e a entrevista pôde ser ouvida por qualquer um que estivesse ali passando. A movimentação era pequena, já que mais de seis horas faltavam para o pontapé inicial.
Companheira eletrônica
As músicas são tocadas em uma latinha, criação chinesa, que emite som de rádio ou de músicas por meio de pen drive. É ali que seu Antônio coloca as músicas que são acompanhadas por uma voz cheia de confiança.
Depois de um disco com sambas e pagodes, ele usou o Mundial para criar seu último ‘hit, “Brasil Papa Ouro”. A canção garante o hexa e não deixa de citar as 32 seleções que vieram ao país.
Chegado recentemente de Juazeiro do Norte-CE, ele resolveu seguir o conselho de muitos conterrâneos.
“Lá eu vendo bem e o pessoal me deu a dica de tentar vir pra capital nesta Copa. Está dando certo e as vendas estão acontecendo. Até a hora do jogo todos os discos aqui vão acabar”, agradece.
Ele ficou na bronca somente com a produtora de seu último disco, que o deixou com poucas unidades do disco. “Se tivesse mais, vendia tudo. Quer um aí?”, perguntava.