CASO MÁFIA DE INGRESSOS
Polícia Civil pedirá depoimentos de ex-atletas e pai de Neymar
Grupo convidado para festa promovida por Mohamadou Fofana, acusado de ser líder de uma máfia de ingressos de Copa, terá que esclarecer relações
Não é só Assis Moreira, irmão e empresário de Ronaldinho Gaúcho, que vai entrar na mira da Polícia por supostas relações com a máfia que vendia ingressos da Copa do Mundo. Alguns ex-jogadores, como Júnior Baiano e Dunga, também serão chamados para depor sobre a fraude internacional. O pai de Neymar também será procurado. A informação é do jornal "Folha de S. Paulo".
Segundo a Polícia Civil, a princípio o grupo falará apenas como testemunha para ver se há alguma relação. Eles foram convidados para uma festa organizada por Mohamadou Lamine Fofana, preso esta semana sob as acusações de ser o chefe da máfia. A Polícia suspeita que esse tipo de evento era usado pelo franco-argelino para ter acesso aos bilhetes, desde a Copa de 2002.
“Ele se valia desses encontros para ficar entre pessoas influentes para ter acesso a ingressos valiosos, de camarotes”, contou o delegado Fabio Barucke à Folha.
Segundo o jornal, Júnior Baiano teria alugado um apartamento para Fofana por R$ 12 mil, na Barra, no Rio de Janeiro.
No caso do pai de Neymar, o nome do empresário foi citado em uma conversa telefônica de Alexandre Vieira, acusado de integrar a quadrilha. Vieira diz a outro suspeito que assistiu à partida entre Brasil e Chile ao lado do pai do atacante, nos assentos mais nobres do Mineirão.
Já o irmão de Ronaldinho terá que explicar a conversa casual que teve com o suposto chefe e suas relações com ele. De acordo com uma escuta telefônica divulgada pelo jornal “O Dia”, os dois teriam falado sobre assuntos particulares e mantêm negócios.