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Na TV Globo

Debate morno repete temas, críticas e propostas

Apenas denúncia da Veja sobre a Petrobras surgiu de diferente dos encontros anteriores

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Dilma e Aécio
Dilma Rousseff e Aécio Neves participam de debate da Globo
PUBLICADO EM 24/10/14 - 23h01
Quem esperava um debate quente e com novas propostas na última chance de os candidatos convencerem os eleitores viu mais do mesmo. No encontro realizado na "TV GlobO", o único tema realmente novo tratado foi a denúncia da revista Veja, colocada por Aécio já na primeira pergunta. De resto, a mesma coisa: Aécio criticando as falhas no controle da inflação, o uso dos recursos públicos em Cuba e apontando casos de corrupção, e Dilma criticando o investimento em saúde no governo de Minas, a crise da água em São Paulo e a política econômica de Armínio Fraga.
Na disputa de propostas, Dilma reforçou os programas que já possui, tais como Pronatec, ProUni, Minha Casa, Minha Vida e Bolsa Família, prometendo ampliá-los. Aécio, além de dizer que todos esses são evoluções de programas tucanos, defendeu a ampliação de todos eles, com correções de falhas que afirma ter identificado.
Nos dois blocos com perguntas de indecisos, o formato deixou tudo muito engessado. Os eleitores faziam perguntas lidas forçadamente e depois viam os candidatos os cercando, fazendo tantas promessas que já haviam realçado. Aécio criticando a situação atual e Dilma defendendo seu legado. Ambos, pedindo para que o outro falasse de futuro. Se pra Aécio foi melhor ouvir os indecisos reclamarem do país, para Dilma foi bom um debate morno, como bem quer alguém que tem alguma vantagem nas principais pesquisas.
 
Rótulos
Dilma tentou durante todo o programa pregar em Aécio rótulos como o de um candidato que pode descontinuar programas sociais, reduzir o papel dos bancos públicos e engavetar investigações.
Aécio buscou fazer de Dilma a presidente que é leniente com a inflação, que é tolerante com a corrupção e que não termina as obras que começa. 
 
Petrobras
Logo na primeira questão, o debate pareceu caminhar para uma temperatura mais alta. Foi quando Aécio questionou o que a presidente tinha a dizer sobre a denúncia da revista "Veja", de que ela e Dilma sabiam dos desvios na Petrobras.
"Vou dar a oportunidade de a senhora se explicar", disse Aécio.
"Essa revista faz uma campanha de calúnia e difamação e o senhor endossa? Não há provas", reclamou Dilma.
O tucano lembrou também a capa da "IstoÉ", dizendo que o PT faz uma campanha de mentiras e citou boletins apócrifos apreendidos na sede do PT. Ele ainda criticou o fato de o PT ter tentado retirar a reportagem do ar.
"Não fui eu que reprei a imprensa, pois eu vivi os tempos escuros do país", criticou a Dilma. 
 
Reforma política
Em outro momento do debate, Dilma e Aécio travaram um bom debate de propostas sobre a reforma política. O tucano começou falando sobre a defesa do fim da reeleição. Dilma rebateu destacando que defende o fim do financiamento empresarial e das coligações nas eleições proporcionais, e também um segundo turno nas eleições para deputados. Aécio complementou suas ideias dizendo que apóia o voto distrital misto e cláusula de barreira.
 
Crise da água
Quando o assunto, colocado por Dilma, foi a crise de falta d'água em São Paulo, Dilma questionou a falta de planejamento do governo daquele Estado. Aécio, por sua vez, culpou o governo federal, afirmando que faltou parceria por parte da Agência Nacional de Águas (ANA), que acusou de ser aparelhada. Dilma afirmou que o governo não se preparou, só apresentou um projeto, apoiado pelo governo federal e usou até de uma piada do humorista José Simão: "Vocês criaram o Meu Banho, Minha Vida", ridicularizou. Aécio, por sua vez, apontou falhas de planejamento nas obras do governo federal, citando por exemplo a transposição do São Francisco e a TransNordestina, que ainda não estão concluídas.
 
Mensalão
Aécio quis saber qual a opinião de Dilma Rousseff sobre o mensalão. A presidente, que não costuma falar sobre o tema alegando que seria uma interferência no Judiciário, quis que Aécio, antes, falasse sobre o mensalão mineiro. Ambos fugiram de seus temas e defenderam investigações.
 
Considerações finais
Em sua última participação no encontro, Dilma Rousseff afirmou que está contruindo "o Brasil do amor, da esperança e da União" e destacou que tem olhar especial para a mulher, os negros e mais pobres. Ela afirmou que busca um país que cresça e que veja seu povo crescer junto. "Não vamos permitir que nem crise nem pessimismo tire de você o que você conquistou", destacou.
Já Aécio Neves, nas considerações finais, afirmou que chega ao fim da campanha de pé. Ele realçou que é o candidato da mudança, defendeu um Estado mais eficiente. Segundo ele, há uma confiança nova no país. Aécio ainda lembrou do Tancredo Neves, destacou que o avô não conseguiu assumir a Presidência da República, mas prometeu que se vencer, subirá a rampa do Palácio do Planalto com os mesmos ideais que o antepassado.
 
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