Recuperar Senha
Fechar
Entrar

Em família

Debate não reduz insatisfação

Indecisos criticam falta de profundidade na discussão e levantam problemas do PT e do PSDB

Enviar por e-mail
Imprimir
Aumentar letra
Diminur letra
D-G
Debate. Sandra e Joaquim reclamam de aspectos negativos de petistas e tucanos; casal afirma que o debate não reduziu a insatisfação
PUBLICADO EM 24/10/14 - 23h50

“Insatisfação” é a palavra que define como a professora Sandra Martins, 45, chega às vésperas do segundo turno. Sem saber em quem votar para presidente neste domingo, ela recebeu a reportagem de O TEMPO durante o último debate, na TV Globo, exibido na noite desta sexta junto com seu marido, o eletricitário Joaquim Faraj, 55, e os dois filhos, Ana Clara, 13, e João Pedro, 8. A família mora no bairro Paraíso, região Leste da capital.


Atenta à troca de ataques entre os candidatos Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), Sandra criticou os dois projetos apresentados pelos presidenciáveis. No caso dos tucanos, para Sandra, ficou o sentimento negativo do governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e a pecha de que o partido governa apenas para a elite.

“O que marcou foram as privatizações, as demissões e o fator previdenciário”, recordou a professora. “Ninguém quer mexer nisso, ficou essa coisa maldita”, complementou, indignado, Joaquim, enquanto Dilma tentava “colar” a imagem de Aécio à do ex-presidente.

Do PT, partido que conquistou o voto de Sandra nas últimas eleições, veio a desilusão por conta do estigma da corrupção. “Não sei se a gente espera muito ou se eles fazem pouco. Mas eu me decepcionei, principalmente com esses escândalos. Banalizam como se fosse normal”, criticou Sandra, enquanto os dois candidatos se engalfinhavam na TV.

Na opinião do casal, nenhum dos candidatos levou a melhor enquanto Dilma e Aécio debatiam os casos de corrupção. No momento em que Dilma explicava suas medidas para o combate ao problema, Sandra questionava: “Como ela pode falar de combater se está embolada com esse escândalo da Petrobras?”

Mas Sandra também não poupou o PSDB: “Engavetava mesmo”, comentou a professora, quando a petista afirmou que, durante a gestão de FHC, as denúncias não eram levadas à frente.

ECONOMIA.Os temas levantados pelos candidatos que afetam diretamente a família Martins Faraj, como a economia, motivaram uma troca de ideias entre Sandra e Joaquim. Os dois debatiam sobre a realidade de boa parte das famílias de classe média como a deles. O aumento do poder de compra contra o aumento de preços foi a tônica da conversa. “Do que adianta se sobe (o preço) tudo?”, questionaram.

Mesmo tendo ficado duas horas da noite de sexta à frente da TV, os argumentos de Aécio e Dilma parecem não ter servido para conquistar o voto da professora. “Para quem está desacreditado na política mesmo, é muito pouco. O sentimento é de que a gente é bobo”, resume ela, que votou nulo no primeiro turno.

Clima de final de campeonato

O debate desta sexta, realizado pela TV Globo, causou frisson em muitos bairros de Belo Horizonte e da região metropolitana. No bairro Buritis, na região Oeste da capital, eleitores dos candidatos à Presidência Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) vibravam a cada “fala de efeito” de seus candidatos de preferência.

Pelas redes sociais, internautas relataram que, na região do Barreiro, também houve reação de eleitores da petista e do tucano. “Parecia final de campeonato”, comentou um internauta.
No bairro Alvorada, em Contagem, eleitores também se manifestaram durante o debate. 

Rádio Super

O que achou deste artigo?
Fechar

Em família

Debate não reduz insatisfação
Caracteres restantes: 300
* Estes campos são de preenchimento obrigatório
Log View