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Pelo PSB

Marina é anunciada, mas não subirá em palanque que não chancelou

Questionada se essa posição não representa uma contradição em sua própria chapa e não confundiria o eleitor, ex-senadora indicou acreditar que o eleitor não precisa de intermediários para saber em quem votará

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PUBLICADO EM 20/08/14 - 23h06

O PSB aprovou por aclamação na noite desta quarta-feira (20) o nome de Marina Silva para a Presidência e, em suas primeira manifestações como candidata, a ex-senadora afirmou que honrará os compromissos assumidos por Eduardo Campos, mas não fará campanha para os candidatos a governador que não avalizou.

"Sob a liderança de Eduardo conseguimos 14 Estados em que temos candidaturas em que a Rede [grupo político de Marina] e o PSB estão de acordo. [...] Foi decidido que [...] o PSB tinha o direito de ter essas alianças e que eu seria preservada de ter que apoiá-las", afirmou Marina.

Após fracassar na tentativa de criação de seu partido, a Rede, Marina aderiu ao PSB em outubro, virou vice na chapa de Eduardo Campos (PSB), mas criticou publicamente alianças feitas pelo PSB em Estados. Entre elas São Paulo, em que o partido apoia a reeleição do tucano Geraldo Alckmin, e no Rio, em que apoia o petista Lindberg Farias.

Marina defendia nesses Estados nomes novos, desvinculados dos tradicionais partidos.

"Nesse momento permanece o mesmo enquadre que fizemos. O PSB mantêm suas alianças e o Beto [Albuquerque, vice em sua chapa] representará o PSB junto a essas alianças. Essa a foi a construção que fizemos e obviamente é a construção que será mantida. [...] Eu continuo preservada de acordo com aquilo que havíamos dito que faríamos.

Questionada se essa posição não representa uma contradição em sua própria chapa e não confundiria o eleitor, Marina indicou acreditar que o eleitor não precisa de intermediários para saber em quem votará nos Estados.

Marina foi escolhida candidata pelo PSB sete dias depois do acidente aéreo que matou Eduardo Campos. O partido esteve reunido durante toda essa quarta-feira em Brasília, na sua fundação e em sua sede principal.

Ao ser apresentada como candidata, Marina fez um discurso em que frisou que pretende levar adiante o legado deixado por Eduardo Campos, incluindo todos os compromissos firmados pela campanha. Ela encerrou sua fala com uma das últimas frases que ele disse, a de que as pessoas não podem desistir do Brasil. Em pelo menos dois momentos, ela demonstrou estar muito emocionada e segurou o choro.

Marina fez várias referências a Eduardo, dizendo que o Brasil passou a conhecê-lo melhor após sua morte. "Não temos o direito de amesquinhá-lo. Nossa palavra de ordem agora nesse momento é crescer."

Atendendo a uma pressão do PSB, a candidata também afirmou que considera sua participação na legenda "tão importante" quanto a tarefa de criar o seu próprio partido político.

Marina disse considerar que nesse momento acolhe o PSB em um momento difícil, de perda de seu candidato e presidente nacional, da mesma forma que foi acolhida em outubro pelo partido, quando fracassou a tentativa de criar sua própria legenda.

O primeiro ato público de Marina como candidata à Presidência será uma caminhada em Recife, neste sábado (23).
O deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), vice de Marina, foi o responsável por fazer as principais críticas ao governo Dilma Rousseff e ao candidato do PSDB, Aécio Neves. Sua fala também abrigou o momento cômico do ato. Até então candidato ao Senado por seu Estado, ele disse, em um ato falho, que ele e Marina possuem todas as condições para "governar o Rio Grande".

Folhapress
Rádio Super

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