Ex-jogador de futebol Romário Faria (PSB), atual deputado federal, foi eleito senador no Estado do Rio de Janeiro com 63,42% dos votos. O candidato, que há quatro anos entrou para a política, se reelege, agora, para o Senado.
Nesta eleição, Romário bateu até mesmo candidatos veteranos, como Cesar Maia (DEM), 69, que já foi prefeito do Rio de Janeiro por três vezes e atualmente é vereador na capital fluminense.
Em 2010, Romário foi o sexto deputado federal mais votado do Rio, eleito com 147 mil votos. O ex-camisa 11 da Seleção Brasileira foi para Brasília sustentando a promessa de lutar por melhoria no esporte e pelos direitos das pessoas com deficiência. O ex-jogador tem uma filha com Síndrome de Down.
Foi graças à essas causas que o baixinho ganhou projeção política, fazendo críticas aos gastos do governo federal com a Copa do Mundo do Brasil, realizada neste ano. Também não poupou a CBF Confederação Brasileira de Futebol (CBF), despejando críticas severas sobre a entidade.
No ano passado, Romário desentendeu-se com a direção nacional do PSB, pois queria a garantia de que poderia concorrer à Prefeitura do Rio em 2016, caso estivesse bem cotado nas pesquisas de opinião. Ele chegou a se desfiliar do partido, em agosto de 2013, porque não tinha diálogo com o então presidente nacional do PSB, Eduardo Campos.
Após dois meses flertando com o PR e o PROS, acertou a refiliação ao PSB e foi alçado ao posto de presidente regional da sigla. Desde então, com a garantia de que poderá concorrer ao governo municipal daqui a dois anos, começou a planejar sua candidatura ao Senado.
O ex-jogador é nascido e criado na favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio, teve como ápice da carreira de atleta a conquista do tetra na Copa do Mundo de 1994. Desde o início de sua trajetória no futebol, Romário também se destacou pela língua afiada e pela vida noturna agitada. Foi protagonista de polêmicas, discussões e chegou a ser preso por não pagar pensão, em 2009.