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TIME DE GUERREIROS

Sada Cruzeiro dá ao Brasil conquista inédita e entra para a história

Time mineiro sabia que qualquer deslize poderia causar a derrota, mas não houve deslizes

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Filipe Ferraz
Filipe protagonizou uma jogada que simbolizou a vontade do Cruzeiro em buscar o título
PUBLICADO EM 20/10/13 - 17h29

Olhares atentos. Tensão. Bola no chão russo e uma verdadeira explosão azul nas arquibancadas. Na quadra, como verdadeiros guerreiros, os jogadores do Sada Cruzeiro tornaram o ginásio Divino Braga o seu campo de batalha. O objetivo dessa "guerra" era um só: trazer para o país do vôlei uma conquista ainda inédita para a sua história de glórias na categoria masculina. Qualquer deslize poderia causar a derrota, mas não houve deslizes. Impecável, o time celeste encheu os olhos daqueles que tiveram a sorte de poder ver de perto e gritar: "É campeão!".

O clichê usado para se referir à torcida como o "sétimo jogador" em quadra deixou sua condição para se firmar como realidade. Sim. O torcedor foi o sétimo jogador, responsável por intimidar os temidos russos, tornando-os apenas mais um adversário no caminho celeste. O olhar espantado do camisa 1 do Lokomotiv Novosibirsk, o levantador Zubkov, para as arquibancadas deu a medida do impacto causado pelo "caldeirão azul".

O dia era dos brasileiros, e isso ficou evidente após o ponteiro celeste Filipe protagonizar uma jogada no segundo set que, dificilmente, será esquecida por aqueles que puderam ver uma prova da magia do voleibol. Uma bola que parecia perdida, foi recuperada pelo jogador já no banco de reservas. O mesmo não se contentou e, em seguida, na mesma jogada, ainda conseguiu fôlego para bloquear o adversário e levar a torcida ao ápice da emoção. A corrida do jogador pela quadra e o grito das arquibancadas mostrava que não haveria espaço para mais ninguém no ginásio a não ser os donos da casa. Os gigantes em quadra não eram mais os russos.

O bloqueio cruzeirense se tornou uma "muralha" e, quem diria, eram os russos que agora não tinham para onde fugir. Mais uma vez, o central Douglas Cordeiro, o mais antigo atleta do atual grupo do Sada Cruzeiro, mostrou que não é preciso altura para superar grandes bloqueios. Com habilidade e inteligência, o jogador novamente foi capaz de abalar o emocional aparentemente inabalável dos russos, que não sabiam mais o que fazer para pará-lo na rede. O ponteiro Divis até tentou ensinar o central Volvich a marcar o celeste, mas não adiantou. A Raposa sobrava em quadra.

Antes mesmo do jogo acabar, a torcida sabia que o título mundial já tinha destino certo. E no saque para fora do oposto Pavel Moroz, o craque da equipe russa, a batalha tinha o seu fim e um novo campeão para a história do Mundial de Clubes: o Sada Cruzeiro.

Rádio Super

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