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Comércio local perto de canteiro vive às moscas

Moradores, que se empolgaram com benefícios financeiros após a obra, lidam com o descaso

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PUBLICADO EM 07/10/13 - 03h00

Aos moradores de um vilarejo próximo ao canteiro de obras abandonado em Floresta, restaram apenas as promessas de dias melhores. Há cinco anos, a chegada de trabalhadores movimentou a região e suscitou aos mais corajosos a abertura de pequenos comércios.

Um deles é o restaurante Aguiar Lisboa. Nos bons tempos, conta a jovem cozinheira Thais Léia da Silva Cruz, 17, ela chegava a fazer 500 quentinhas por dia. Hoje, não vendem 10% disso. A primeira construtora foi embora, e o restaurante hoje vive, literalmente, às moscas. “Diminuímos a quantidade de comida que fazemos aqui”, diz Thais.

Confiante com o anúncio das obras em 2007, que receberam até a visita do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Rosa Feliciana Rodrigues, 52, resolveu abrir uma lojinha, que vende de tudo. Hoje, restam apenas dívidas de operários que se foram há seis meses. “Meu movimento caiu 80%. Com esses funcionários e os da primeira turma do Exército, que também foram embora, tomei R$ 10 mil de calotes”, diz Rosa.

Sobre a retomada das obras, Rosa diz, cautelosa: “A gente espera que a coisa melhore um pouco de novo. Mas quando acabarem, fracassa novamente”.

Rotina. A chegada de um grande número de operários a uma obra de grandes proporções e dimensões, como é a transposição do rio São Francisco, faz com a rotina de vilas e cidades mude completamente. No caso de Floresta, o número de homens circulando fez com que a cozinheira Thaís Leia da Silva Cruz arrumasse dois namorados. Com um sorriso de canto de boca, ela relembra os tempos de diversão. Em seguida, fala da partida dos operários. “Eles foram embora junto com a empresa. Faz parte da vida, né?”, explica a menina que, aos 17 anos, cursa o 8º ano do ensino fundamental e fala dos relacionamentos com a mesma naturalidade com que monta a marmita no restaurante da mãe.

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