RIO DE JANEIRO. O corpo do cantor Jerry Adriani, que morreu no último domingo (23) aos 70 anos, foi enterrado no fim da tarde dessa segunda-feira (24) no cemitério Francisco Xavier, no Caju, zona portuária do Rio de Janeiro.
Desde o início da manhã dessa segunda-feira, fãs e amigos compareceram ao velório do artista para prestar as últimas homenagens. Os parentes, como o filho do músico, Thadeu Vivas, não quiseram falar com a imprensa por estarem muito abalados.
A amiga de Jerry, Alcione Mazzeo, ex-mulher do comediante Chico Anysio, lembrou com carinho do amigo. “Sou fã dele desde o momento em que nos conhecemos, e nisso já se vão 45 anos. Ele era uma pessoa ótima, de coração grande. Me acolheu por diversas vezes em sua casa com muita bondade e gentileza. E o que mais me encantava é que ele era assim com todos. Até mesmo em seus últimos dias, ele buscava nos confortar, nos dar esperanças de que sairia daquela”, afirmou Alcione, mãe do humorista Bruno Mazzeo.
O cantor Erasmo Carlos, amigo de longa data de Adriani, chegou ao velório por volta das 11h30. “A gente perde uma pessoa única que se foi para deixar muita saudade. Era um grande cantor, sincero, honesto com o que faz, feliz e com uma legião de fãs. Ele deixou um legado pra mim, que adorava e adoro, e vou continuar ouvindo as músicas dele”, disse o Tremendão. A atriz e cantora Zezé Motta também esteve no velório. Neguinho da Beija-Flor afirmou que visitou o cantor na sexta-feira (21). “Conhecia há mais de 40 anos”, afirmou.
Cozinheiro e fã de Jerry Adriani, Marinaldo Santana afirmou que, na última apresentação do músico, sentiu algo diferente. “Eu percebia algo de diferente naquele dia. Ele chegou a chorar em alguns momentos. Não sei se ele já sabia de algo e não quis contar ou pressentiu alguma coisa. Lembrar desse momento me dá uma tristeza grande, mas me sinto um privilegiado por ter acompanhado essa última apresentação dele. Faltei ao trabalho e larguei tudo para vir aqui hoje”, disse, bastante emocionado.
Tânia Stocco é professora de português e moradora de São Paulo. Ela contou que, ao saber da morte do ídolo, organizou com o fã-clube do cantor na capital paulista, que ela mesma criou, a viagem para o Rio ainda na madrugada dessa segunda-feira (24). Para Tânia, vale tudo pelo último contato com o artista.
“Pegamos o voo à 1h da manhã e chegamos aqui no cemitério às 8h. É importantíssimo estarmos aqui, pois eu sei que, onde estiver, (Jerry) está olhando por nós e muito feliz pelo nosso carinho. Eu peguei essa paixão pelo Jerry com minha mãe, que o acompanhava desde a década de 60. Uma vez eu o encontrei em São Paulo e fiquei fascinada com a simpatia e o carinho que ele tinha pelas pessoas. Desde então virei fã e até criei esse clube com o pessoal de São Paulo. Ele era uma pessoa apaixonante. Não havia quem o conhecesse e dissesse algo diferente disso”, lembrou.
O músico e compositor Sylvinho Blau-Blau foi mais um a exaltar o lado humano de Jerry Adriani. “Falar dele como músico é o que todos já sabem. Era um grande artista. Mas o que ficará para sempre comigo é o ser humano especial que ele era. Infelizmente a vida é assim. A gente perde de uma hora para outra um grande amigo, uma pessoa especial, mas o carinho e as boas lembranças serão eternos”. As informações são da Agência Brasil.