RIO DE JANEIRO. Uma previsão une as vidas de Zeca (Marco Pigossi) e Ruy (Fiuk), ainda crianças, em “A Força do Querer”, nova novela das 21h da Globo, escrita por Glória Perez, que estreia no dia 3 de abril. Após os meninos caírem em um rio e serem salvos por um índio, eles têm um mesmo sonho. Então, o índio faz a predição de que o que brotar das águas vai juntar os dois e separá-los de novo – o que tudo indica ser a paixão de ambos, no futuro, por Ritinha (Isis Valverde), que acredita ser uma sereia.
“Tem uma cena em que ambos olham para Ritinha. O Zeca está na praia e o Ruy, num barco, enquanto ela nada no rio. Ali, percebemos que ela é a grande desgraça da vida deles”, ressalta Marco Pigossi.
Enquanto Zeca quer constituir uma família, sua noiva, Ritinha, planeja conhecer o mundo. Essas diferenças afastarão o casal após a chegada de Ruy a Parazinho, vila fictícia próxima a Belém, na região Norte do Brasil. No dia do casamento, o caminhoneiro flagra a amada com o filho de Eugênio (Dan Stulbach), o que gera uma enorme confusão e a fuga dela para o Rio de Janeiro com Ruy, que tinha prometido se casar com Cibele (Bruna Linzmeyer). Então, a reviravolta acontece quando a amante é descoberta pela jovem.
Após Ritinha fugir, Zeca se muda para o Rio de Janeiro e conhece Jeiza (Paolla Oliveira) e os dois se apaixonam. Assim, o caminhoneiro, que tem uma mentalidade machista, tem de aprender a conviver com uma mulher que é policial e ainda sonha se tornar lutadora de MMA. “Jeiza mostra que a mulher pode tudo. Não tem essa de deixar de fazer algo por causa do gênero”, avalia Paolla Oliveira.
Outras histórias. Na novela existem muitas mulheres fortes. Como Bibi (Juliana Paes), que é apaixonada pelo marido, Rubinho (Emílio Dantas), a ponto de se envolver com o mundo do crime por causa dele. A trama também dará espaço a um assunto que ainda levanta polêmica: a identidade de gênero. Ivana (Carol Duarte) terá uma longa jornada para compreender por que não se identifica com seu corpo de mulher. E isso causará conflitos com a mãe, Joyce (Maria Fernanda Cândido). “Os temas me escolheram, não fui atrás deles. Acho que estamos vivendo um tempo de embate entre os ‘quereres’. Vejo muito isso ao meu redor. São vontades que entram em conflito e também se harmonizam”, conclui Glória Perez.