Em 7 de outubro de 1963, um enorme grupo de operários da Usiminas protestava em frente a um portão de entrada da fábrica em Ipatinga, interior do Estado. Em confronto com policiais militares, diversos manifestantes foram mortos - os números oficiais falam em oito vítimas.
Só exatos 25 anos depois o jornalista mineiro Marcelo Freitas tomou conhecimento do caso. Intrigado pela obscuridade e total falta de detalhes e informações a respeito do ocorrido, ele transformou isso no trabalho de uma vida.
O resultado de várias etapas de investigações ganha forma hoje, com o lançamento do livro "Não Foi por Acaso - A História dos Trabalhadores que Construíram a Usiminas e Morreram no Massacre de Ipatinga" (Ed. Comunicação de Fato, 320 págs.) na faculdade Estácio de Sá, na capital.
O foco maior do livro, segundo Marcelo, é em torno da dúvida sobre quantos morreram naquele dia fatídico. "Sempre se divulgou que foram oito, mas sempre se comentou a falsidade dessa número", diz o autor.
Imbuído do "faro jornalístico", como define, Marcelo mergulhou no máximo de possibilidades de pesquisa - testemunhas, parentes de trabalhadores, documentos oficiais da polícia, arquivos de jornais e cartórios.
Só na Usiminas ele não obteve retorno. "Enviei mais de uma vez algumas perguntas para a empresa, mas eles sempre respondem dizendo não terem qualquer responsabilidade sobre o massacre", afirma Marcelo. O questionário e a resposta da Usiminas estão contidos no livro.
Por outro lado, Marcelo entrevistou um motorista da fábrica que diz ter sido incumbido de buscar, no dia do conflito, 32 caixões numa funerária em Belo Horizonte e depositá-los no almoxarifado da empresa. "Tenho por objetivo insistir, até conseguir que os arquivos sejam abertos", argumenta Marcelo.
Agenda
o que. Lançamento de "Não Foi por Acaso", de Marcelo Freitas.
onde. Faculdade Estácio de Sá, campus Prado (rua Erê, 207)
quando. Hoje, às 19h30
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Jornalista investiga massacre ocorrido em Ipatinga
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