
BH 120 anos
Pesquisadores em diversas áreas do conhecimento fazem imersão nas memórias de BH
São 120 anos de construção de uma cidade, e, com eles, surgem questionamentos que ainda permeiam o imaginário dos belo-horizontinos e dos mineiros que adotaram a capital como lar. Mais do que festividades, o aniversário de BH transforma-se também em mote de reflexão para muitos que querem conhecer mais sobre a história do maior município de Minas. E, para aprofundar mais sobre essas discussões, o seminário “Escrita, memória, movimento: BH 120 anos” reunirá importantes pesquisadores das memórias de BH, quinta (14) e sexta-feira (15), no auditório Marco Túlio, realizado pelo BDMG Cultural, na sede da própria instituição.
“O seminário pretende fazer desse momento um espaço de reflexão crítica, voltado para a cidade de BH. Construimos um time de pessoas competentes que são capazes de refletir em torno de um balanço do projeto de modernidade, que foi concebido para a cidade, e as contradições que foram surgindo ao longo do tempo”, explica Eliana Dutra, curadora do evento.
Ela relata que, para responder a todos os questionamentos históricos, um arco de pessoas, com diferentes formações, foram trazidas para contemplar as diversas áreas. “São historiadores, arquitetos, sociólogos e pesquisadores da teoria literária, que trazem sua bagagem disciplinar para pensar a sociabilidade, a memória, as produções literárias que acabam por pensar e construir a cidade, os movimentos que borram seus limites físicos”, complementa Eliana.
Ao todo, serão cinco mesas, com as participações de Augusto Carvalho Borges, Bruno Viveiros, Carlos Antônio Leite Brandão, João Antônio de Paula, Maria Eliza Linhares Borges, Regina Horta Duarte, Sérgio Alcides, Tito Flávio de Aguiar, e Wander Melo Miranda.
Temas abordados. O espaço público, o meio ambiente, as formas de transitar e conviver, assim como os dilemas que foram formatados ao longo da história, culminando no atual modo de vida, foram os desafios colocados aos conferencistas do seminário, a fim de refletir novas possibilidades para a cidade que existe e a cidade que é desejada.
“O tema, ‘Escrita, memória e movimento’, foi escolhido porque a cidade foi escrita como um texto por milhares de mãos, por olhares diferenciados e divergentes. É uma escrita da qual participam seus cidadãos”, descreve Eliana
Ela ainda conta a cidade, um espaço de história e cultura, foi edificado não só pela vontade política dos governantes, mas também pelas escolhas de moradores e suas práticas sociais. “É um texto que também se faz pelas expressões memorialistas da cidade, pelas lembranças, e isso também contribui para que a cidade seja reescrita, num contínuo movimento” finaliza Eliana.
Programação
Seminário: “Escrita, memória, movimento: BH 120 anos”
Quinta (14), às 8h30, com abertura de 9h às 12h
Mesa 1: “Belo Horizonte entre palavras e formas:
O que restou da modernidade?”, com Carlos Antonio Brandão e Wander Melo de Miranda
Quinta, das 14h às 17h
Mesa 2: “Nas margens da cidade: Criar e habitar no silêncio dos gestos do trabalho”, com Maria Eliza Linhares Borges e Tito Flávio de Aguiar
Sexta (15), das 9h às 12h
Mesa 3: “Atritos no tempo: Elaborações memoriais e poéticas das percepções da capital”, com Sérgio Alcides e Bruno Viveiros
Quinta, das 14h às 17h
Mesa 4: “Movimentos contra linhas: Limites e transgressões dos espaços na natureza e na cultura belo-horizontinas”, com Regina Horta Duarte e Augusto Carvalho Borges
Quinta, das17h30 às 18h30
Encerramento: “Que horizontes para Belo Horizonte?”, com João Antônio de Paula
Onde. Auditório do BDMG (rua Bernardo Guimarães, 1.600, Lourdes)
Quanto. Entrada gratuita, não é necessária a inscrição.
