O diretor de cinema Vicente Aranda, um dos mais prolíficos do cinema espanhol e ganhador de vários prêmios no país e em vários festivais internacionais, morreu ontem, em Madri, aos 88 anos, anunciou a Academia de Cinema espanhola.
Nascido em Barcelona em 9 de novembro de 1926, Aranda recebeu o Prêmio Nacional de Cinematografia em 1988 e ganhou dois Prêmios Goya – os mais importantes do cinema espanhol –, em 1991, o de melhor direção e melhor filme por “Amantes”.
O erotismo, um dos eixos sobre os quais movimentou grande parte de sua obra cinematográfica, é visível em muitos dos seus títulos, como em “La Muchacha de Las Bragas de Oro” (1979), baseado no livro de Juan Marsé, ou “La Pasión Turca”. Em algumas de suas declarações, Aranda afirmava que seu cinema era “testemunhal”.
Aranda também chegou a dizer que não era partidário em seus filmes de lançar mensagens ao espectador, embora tenha reconhecido, no entanto, que a paixão “é irrenunciável” e está presente em todos seus trabalhos cinematográficos.
Aranda dirigiu, entre outras, “Fata Mongana” (1966), “Los Crueles” (1969), “La Novia Ensangrentada” (1972), “Clara es el Precio (1974), “Cambio de Sexo” (1977), “Asesinato en el Comité Central” (1982), baseado na obra do escritor Manuel Vázquez Montalbán, “El Lute, Camina o Revienta” (1987) e “Carmen” (2005).
Além de receber vários prêmios Goya na Espanha e ser indicado em muitas ocasiões, sua obra também foi premiada em festivais internacionais de cinema, como o de Berlim e o de San Sebastián.
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