O rapper Monge faz o lançamento do seu segundo disco, “2pra1”, no Duelo de MCs, domingo à tarde, no viaduto Santa Tereza. O lançamento deveria ter ocorrido no início do mês, mas, segundo ele, foi adiado devido ao atraso na emissão do alvará pela Prefeitura de Belo Horizonte para este que é o primeiro Duelo de MCs do ano, e o rapper não queria fazer o lançamento fora desse evento.
“Grande parte do que eu canto nesse álbum vem da vivência do Duelo e do viaduto. As letras falam muito do que é dito, e como é dito, sobre o rap e o hip hop”, revela Monge, membro do coletivo Família de Rua e referência nacional das batalhas de improvisos.
O nome do disco, no entanto, vem do fato de que essa vivência – essencialmente urbana e mineira – é associada nesse segundo trabalho a uma nova influência. “‘2pra1’ é porque o álbum e a construção de duas pessoas para um único resultado. E é também a união de dois Estados”, explica o MC.
Os Estados em questão são Minas Gerais e Bahia. É desse último que vem o baterista e beatmaker Jorge Dubman – também conhecido como Dr. Drumah –, responsável por toda a parte de percussão do EP. Ele e Monge já se conheciam online há algum tempo, mas no ano passado o mineiro foi visitar o amigo virtual na sua casa, em Salvador. “Eu disse que a gente devia fazer alguma coisa junto, mas ele sugeriu que a gente fizesse um trabalho completo”, recorda o rapper.
O resultado foram as seis faixas autorais de “2pra1”. Nelas, Monge casa o seu interesse pela cultura hip hop, a vivência, a história do rap e sua percepção às fortes influências do jazz rap trazida por Dr. Drumah. “É bastante diferente do meu primeiro álbum porque o instrumental que ele produziu propõe outro lance, outras ideias”, afirma o MC.
Se representou uma evolução na musicalidade de Monge, o músico revela que esse encontro foi também um desafio. “Tive um trabalho para traduzir minhas rimas. A métrica é diferente. O processo de produção foi também um aprendizado para mim”, explica.
Balanceando as novidades trazidas pelo baiano, os scratchs e colagens do disco são assinados pelo mineiro Rafael Quintas, o DJ Sense, um velho conhecido do rapper. “Ele tocou no meu primeiro grupo de rap”, conta Monge.
Além de trazer a arte do turntablism, presente nos shows do MC mineiro, para o álbum, DJ Sense também é responsável pela mistura das várias influências que compõem a miscelânea do disco “2pra1”. “O estudo da história do hip hop e do rap é algo muito forte no meu trabalho. E isso está muito presente nas colagens do Sense. Ele foi fundo na pesquisa da história do jazz e da cultura oral das matrizes africanas para compor o instrumental dele”, descreve o rapper.
Completando as contribuições do álbum, estão os vocais de Lana Black. Ela dá o ar da graça em algumas das canções e vai estar presente também no show de domingo. Para a apresentação, Monge promete um repertório com todas as faixas do novo álbum, que está disponível online para streaming e download, algumas do anterior e a pegada característica do hip hop ao vivo.
“Vai ter bastante interação com a galera, aquela tentativa mesmo de trazer o público para cima do palco, a música feita pelo MC e o DJ juntos – e, claro, a volta do Duelo ao viaduto”, celebra o músico.
Serviço. Show de lançamento “2pra1”, EP do rapper Monge. Domingo, a partir das 14h, durante o Duelo de MCs no Viaduto Santa Tereza, ao lado da Serraria Souza Pinto, no centro.
MC Monge celebra as raízes com novidades
Rapper lança CD domingo no Duelo de MCs
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