Depois de uma edição caótica no ano passado, o 2º Circuito Banco do Brasil desembarcou na capital mineira sem registro de confusões e com um público bem mais satisfeito. Ao todo, cerca de 20 mil pessoas lotaram a Esplanada do Mineirão ontem para acompanhar shows das bandas Nação Zumbi, Titãs e, principalmente, os americanos do Panic At The Disco e Linkin Park, que pela primeira vez se apresentaram na capital e levaram o público ao êxtase.
Os fãs mais animados começaram a chegar ao Mineirão a partir do 12h, mesmo com o primeiro show marcado para as 16h50. Ao invés de um trânsito travado e confuso do ano passado, mais de 4.000 veículos conseguiram chegar a região da Pampulha sem enfrentar congestionamentos ou retenções, segundo a Empresa de Trânsito e Transporte de Belo Horizonte (BHTrans).
Por outro lado, o calor que bateu os 32º na tarde de ontem castigou a plateia -- pelo menos oito pessoas tiveram queda de pressão e precisaram de atendimento médico em um dos seis postos montados no festival.
A solução para driblar o sol escaldante foi permitir que vendedores ambulantes pudessem circular entre o público mais próximo das grades, o que não aconteceu no festival do ano passado. "Ano passado eu vim e, além de ser impossível comprar bebida e comida porque os bares estavam lotados sempre, a cerveja e a água ainda acabaram antes do fim dos shows. Desta vez não. Fiquei na grade e estou conseguindo me hidratar para esperar o Linkin Park", disse a estudante Camila Fernandes, 27.
Com 230 seguranças e 230 banheiros espalhados pela Esplanada do Mineirão, além de seis praças de alimentação concentradas próximo ao palco e às saídas de público, não houve registros de confusões, segundo a Polícia Militar (PM), ou filas para a compra de bebidas e comida.
Shows
No fim da tarde, ainda com público tímido, os cariocas do Stereophant subiram ao palco mostrando um rock n' roll de guitarras pulsantes. Na sequência, a Nação Zumbi trouxe seus característicos tambores de maracatu para dar vida às canções do disco novo. O festival ainda teve os roqueiros do Titãs, que apareceram usando máscaras do mais recente clipe "Fardado", num estilo Slipknot, mas ser o ar sombrio, e depois seguiram o show de cara limpa. Eles entoaram clássicos como "Polícia" e "Homem Primata" ao lado das canções de "Nheengatu", último álbum do quinteto paulista.
Os shows mais aguardados, porém, foram do trio americano Panic At The Disco -- o vocalista Brendon Urie arrancou gritos eufóricos das fãs adolescentes com suas performances psicodélicas e hits dançantes como "I Write Sins Not Tragedies", além de uma versão emocionante de Bohemian Rhapsody, cover do Queen. Por fim, o Linkin Park, que levou ao palco uma bandeira do Brasil com o símbolo da banda, alucinou a plateia com a mistura de rock, rap e samplers, relembrando hits como "Numb" e "Faint" e mostrando as canções do último disco, "The Hunting Party".
Skate
Antes dos shows, o skatista Kelvin Hoefler, 21, de Los Angeles, faturou R$11 mil ao vencer a Copa Brasil de Street Skate, que pela primeira vez aconteceu na capital mineira, paralelamente ao Circuito Banco do Brasil.