Feirão de Empregos da prefeitura atrai pessoas de diversos perfis da grande BH

Com mais de duas mil ofertas de vagas, o Feirão de Empregos da Prefeitura de Belo Horizonte atrai pessoas de diversos perfis nesta quinta-feira (2). Logo após o Dia do Trabalhador, cidadãos de idades variadas foram em busca de uma oportunidade, muitos deles residentes em outras cidades da região metropolitana além da capital. A ação é realizada desde às 9h da manhã e vai acontecer até às 16h, no Centro de Referência das Juventudes (CRJ), rua Guaicurus, 50, ao lado da Praça da Estação, no centro da capital mineira.

Desempregada desde dezembro de 2023, Ana Paula Oliveira, de 27 anos, mora com os pais em Ibirité. Ela conta que foi aprovada em um processo seletivo na cidade natal, mas acabou esbarrando nos horários que a empresa disponibilizava para ela cumprir o expediente, dificuldade que também encontrou em outros processos seletivos.

"Os ônibus na minha cidade têm determinado horário para passar. Se eu sair depois das 22h, já não me atende", explica a mulher, que decidiu então tentar a sorte no Feirão de Empregos da PBH.

Com experiência como auxiliar administrativo e operadora de caixa, Ana Paula também quis se aventurar em áreas nas quais não tem experiência, como fiscal de loja. Ela diz que pelo que viu das ofertas no Feirão da PBH, os benefícios chamaram mais atenção que o salário oferecido.

"Varia de empresa para empresa. Mas o salário no geral é o salário mínimo. Mas tem plano de saúde, plano odontológico, que normalmente as empresas não estão ofertando tanto. Normalmente, é coparticipativo. O vale-alimentação vai me ajudar nas compras de casa e não vai descontar do meu salário", comemora.

Após ficar sabendo pela TV sobre o Feirão de Empregos, a aposentada Joselina da Silva Santos, de 75 anos, se aprontou e pegou o ônibus em Nova Lima direto para o evento. Após três meses fora do mercado, ela quer uma renda extra para custear algumas despesas de casa.

"Estou ainda com muito empréstimo consignado e também preciso comprar remédios. Por isso preciso de uma renda extra", afirma a mulher, que vinha trabalhando de forma autônoma, mas agora quer carteira assinada. "Dá uma segurança maior", conta a candidata, que atualmente mora sozinha e tem tempo ocioso em casa, o que é outro motivo para que ela queira um novo emprego. "Quero ocupar minha mente, pois ficar o dia inteiro a toa não dá".

Também morador de Ibirité, na Grande BH, Edson Roberto de Oliveira, de 58 anos, é divorciado e mora sozinho. Há cinco meses, ele está desempregado e diz que tem encontrado dificuldades devido à idade, o que o obrigou a recorrer aos bicos para se sustentar.

"Com essa idade está complicado. Tive que pegar um bico aqui e outro ali, além de trabalhar com aplicativo", relata o homem que busca mais estabilidade com um trabalho de carteira assinada e uma renda para poder custear o tratamento, após sofrer um AVC, há dois meses. Edson chegou ao Feirão às 7h e, às 13h, ainda estava preenchendo formulários para se candidatar a vagas.

Empresas buscam por candidatos

Presente no evento, o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD) ressalta a importância de eventos como o Feirão para a economia da capital. O chefe do executivo municipal afirma que apesar de BH ser uma cidade propícia para abrir empresas, as instituições ainda estão com problemas para conseguir mão de obra. 

"Tem empresas precisando de empregados e empregados precisando de empresas. O que estamos fazendo é unir as duas pontas. Os supermercados por exemplo, estão com muitas vagas e não estão conseguindo gente", pontua.