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Aécio Neves é o articulador da filiação de Rodrigo Pacheco ao DEM

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PUBLICADO EM Wed Jan 17 02:00:29 GMT-03:00 2018

Aécio Neves é o articulador da filiação de Rodrigo Pacheco ao DEM

A filiação do deputado federal Rodrigo Pacheco (MDB-MG) ao DEM foi articulada, segundo interlocutores próximos da negociação, pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG). Conforme O TEMPO mostrou na edição de ontem, o DEM já marcou para o dia 9 de março a filiação de Pacheco ao partido em um evento para, inclusive, lançar a pré-candidatura dele ao Palácio Tiradentes.

A motivação de Aécio para interferir em dois partidos diferentes é recuperar o espaço político perdido após a divulgação dos grampos da JBS. O senador mineiro foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista para pagar sua defesa na operação Lava Jato. O tucano vê a saída de Pacheco do MDB como uma maneira de forçar uma debandada de aliados do deputado da legenda. Isso poderia enfraquecer a sigla, o que permitiria a Aécio “conquistar” o apoio de quem “sobrar” no partido. Caso todas as articulações deem certo, Aécio recuperaria, pelo menos entre os seus pares, a aura de grande cacique político do Estado.

O cálculo do esvaziamento é certo. Ontem, O TEMPO mostrou que um membro do MDB confirmou que a saída de Pacheco da sigla levará outros emedebistas a percorrerem o mesmo caminho. “A dissidência no MDB será grande. Alguns irão em março para o DEM, outros devem debandar durante a campanha, para dar ideia de abandono a Fernando Pimentel e crescimento de Pacheco”, afirmou uma fonte da legenda de Michel Temer.

As negociações de Aécio para alavancar o nome de Pacheco ocorrem diretamente com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), líder nacional da legenda. Essa costura política ainda poderia dar a Pacheco o apoio do PSDB na disputa ao governo de Minas. Os tucanos não possuem um nome unânime e seguro para a disputa desde que o senador Antonio Anastasia comunicou que não disputaria o governo do Estado novamente. Vale lembrar que Pacheco tem bom trânsito com os tucanos, já tendo prestado serviços de advocacia para lideranças do partido em Minas.

Além da construção do apoio do PSDB a Pacheco, Aécio estaria negociando a indicação de Anastasia como candidato a vice-presidente da República na chapa encabeçada por Rodrigo Maia. A ideia do tucano é que seria importante manter um aliado próximo, como Anastasia, em uma posição importante no Executivo.

Ainda segundo interlocutores, a ideia da chapa Maia-Anastasia teria sido aprovada pelo presidente Michel Temer (PMDB), que vê a possibilidade como um bom “plano B”, visto que um eventual governo chefiado por Maia permitiria ao MDB manter espaço na Esplanada dos Ministérios e obter apoio para comandar a Câmara dos Deputados e o Senado.

A candidatura de Pacheco ao governo com o apoio do PSDB e o esvaziamento do MDB mineiro ainda permitiria a Aécio diminuir os candidatos fortes ao Senado. Na eleição deste ano, serão duas vagas em disputa. Ao diminuir os candidatos – ou pelo menos os nomes mais conhecidos – Aécio teria mais chances de se reeleger e manter o foro privilegiado.

Outra possibilidade, para fortalecer a candidatura de Pacheco e “eliminar” outro concorrente ao Senado, é oferecer a vaga de vice na chapa de Pacheco ao ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB). Segundo uma fonte, o ex-prefeito ainda não teria se decidido sobre a oferta. (Lucas Ragazzi)

R$ 5,6 mi

É quanto custa o contrato do Supremo Tribunal Federal (STF) com uma empresa para fazer a manutenção do ar-condicionado da Corte. O contrato teve início em janeiro de 2017 e está vigente até junho deste ano.

Denuncia grampos e é demitido

O Senado demitiu o servidor Paulo Igor Bosco Silva, que, em 2016, alertou o Ministério Público Federal sobre varreduras feitas por policiais legislativos em residências de políticos investigados em operações da Polícia Federal a fim de encontrar grampos. A portaria com a demissão do policial legislativo foi assinada na última sexta-feira e publicada no “Diário Oficial da União” na última segunda-feira. Silva já respondia a um processo administrativo à época em que denunciou as varreduras, e, segundo o Senado, a demissão dele não tem “qualquer relação” com as denúncias. A portaria publicada no “Diário Oficial” diz que o policial legislativo foi demitido por ter descumprido deveres como “exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo”, “observar as normas legais”, “cumprir as ordens superiores” e “manter conduta compatível com a moralidade administrativa”.

FOTO: ROGÉRIO MARQUES/ESTADÃO CONTEÚDO

Em campo. O deputado federal e presidenciável Jair Bolsonaro (PSC-RJ) esteve em Taubaté ontem para acompanhar a partida entre Palmeiras x Vasco pela Copa São Paulo de Futebol Júnior. Em viagem de São Paulo até o Rio de Janeiro, o parlamentar, que é torcedor do alviverde paulista, fez uma escala na cidade para acompanhar o time de coração. A chegada do parlamentar nas arquibancadas mobilizou parte dos torcedores, que correram para tirar fotos com o presidenciável. Em novembro do ano passado, Bolsonaro compareceu ao Allianz Parque – estádio do Palmeiras na capital paulista – para assistir ao jogo entre o time alviverde e o Sport, pelo Campeonato Brasileiro. Na ocasião, o parlamentar foi vaiado por parte da torcida palmeirense enquanto passava por um corredor para ir ao camarote. O corredor passa justamente pelo setor mais popular do estádio.

Marun em BH

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB), se reunirá amanhã, com líderes das entidades empresariais mineiras em um almoço na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Na pauta do encontro está a urgência da aprovação da reforma da Previdência. Em dezembro, representantes da Fiemg estiveram em Brasília com a bancada mineira no Congresso Nacional e com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Na ocasião, o grupo assinou o manifesto “Reforma da Previdência já”. No texto, é explicado que um dos motivos para o posicionamento favorável à reforma é “por entender que a sociedade brasileira paga hoje um preço alto por não ter feito, no tempo certo, as reformas necessárias para garantir a competitividade da economia nacional, a produção de riqueza e de empregos”. 

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