Dinis é cortejado por DEM e PTB para sair do PP e ser candidato ao governo
Falta pouco mais de um ano para as eleições do ano que vem, e o Congresso Nacional ainda não decidiu se o sistema eleitoral do país vai ser alterado, mas essas circunstâncias não estão impedindo os pré-candidatos de negociar alianças para a corrida de 2018. O ex-presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) Dinis Pinheiro (PP) pretende disputar o governo do Estado e tem-se encontrado com lideranças políticas de diversas legendas e está sendo convidado, inclusive, a sair do PP.
Nessa segunda-feira (21), Dinis almoçou com o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), que é “candidatíssimo” ao governo da Bahia em 2018. Antes disso, nos últimos dias, ele já havia se encontrado, durante visitas ao interior, com o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO). Segundo interlocutores, no cardápio estavam uma possível demonstração de apoio à candidatura de Dinis e o convite para ele filiar-se ao DEM.
Esses assuntos também devem pautar o almoço que o pré-candidato vai ter nesta quinta-feira (24) com o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, e o presidente estadual da legenda, Dilzon Melo. O PTB também quer que Dinis componha o quadro do partido. Porém, de acordo com uma fonte ouvida pela coluna, não há nenhuma inclinação do pepista, neste momento, para mudar de agremiação, mas nenhum convite está sendo descartado, uma vez que alianças estão sendo construídas e ele está ouvindo todas as propostas.
“Como já dizia Magalhães Pinto: ‘Política é como nuvem. Você olha, e ela está de um jeito. Você olha de novo, e ela já mudou’. O Dinis tem sido cortejado, digamos assim, porque já está montando uma equipe e tem feito um trabalho no interior de busca de apoio popular e político. Um caminho já está sendo trilhado por ele, o que adianta as coisas”, afirmou um político do PP.
Desde o ano passado, o ex-deputado começou a visitar o interior do Estado. Somente em 2017, ele fez 58 viagens para 54 destinos diferentes. Ele está reunindo-se com lideranças políticas das regiões, recebendo comendas e comparecendo a festividades locais.
Conforme aliados, Dinis já estaria contando com a simpatia de alas de PPS, Solidariedade e PSDB para sua candidatura. E, como o Aparte mostrou, os tucanos podem abrir mão de ter candidatura própria ao governo de Minas para apoiar um nome que faça parte do grupo aliado, situação do PP e do DEM. Essa decisão poderia ser tomada por conta dos escândalos de corrupção que envolvem membros da legenda e da falta de um quadro que tenha capacidade de unir várias siglas na busca pela cadeira de Fernando Pimentel (PT), já que o senador Antonio Anastasia, por enquanto, não quer ir para o páreo.
A mudança de Dinis de partido não seria novidade. Em 2013, ele saiu do PSDB e filiou-se ao PP para concorrer ao cargo de vice-governador na chapa encabeçada por Pimenta da Veiga (PSDB). (Fransciny Alves)
R$ 283 mi é quanto a Advocacia Geral da União (AGU) gastou no primeiro semestre com a concessão de um benefício extra para 12,5 mil servidores ativos e inativos. Os valores não estão sujeitos ao teto constitucional, permitindo aos profissionais que ultrapassem o limite de remuneração de R$ 33,7 mil mensais. O benefício não consta no Portal da Transparência da AGU. O salário inicial de um servidor é R$ 17,3 mil.
Ação pede retirada de fotos
Uma ação civil pública pede que as fotografias dos militares que governaram o Brasil no período da ditadura sejam retiradas da galeria de presidentes, no Palácio do Planalto, em Brasília. A ação é movida pelo Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas do Paraná, pelo Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba e pelo Centro Acadêmico Hugo Simas, representante dos estudantes de direito da Universidade Federal do Paraná. A ação pede que sejam excluídos os retratos de Ranieri Mazzilli, Castello Branco, Costa e Silva, Emílio Médici, Ernesto Geisel e João Figueiredo. Segundo o processo, tais presidentes governaram o país de forma ilegítima. Os requerentes também pedem a cassação de todas as honrarias e medalhas que foram concedidas aos militares.
CPI PBH Ativos
O ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB) recorreu novamente ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) para tentar barrar a CPI da PBH Ativos na Câmara Municipal de Belo Horizonte. De acordo com a assessoria da Casa, Lacerda ingressou com um agravo para invalidar a decisão do desembargador Jair Varão, que derrubou liminar que havia suspendido os trabalhos do colegiado, que investiga supostas irregularidades na empresa PBH Ativos durante a gestão do socialista. A Câmara foi notificada do recurso nessa segunda-feira (21) e tem cinco dias úteis para se manifestar. No recurso, Lacerda argumenta novamente que há “parcialidade” de dois membros da CPI: Gilson Reis (PCdoB) e Pedro Patrus (PT). A oitiva de Lacerda está marcada para 18 de setembro.
Participação
A Assembleia Legislativa de Minas Gerais vai inaugurar, na próxima segunda-feira (28), o auditório José Alencar Gomes da Silva. Localizado no andar térreo da Casa, o auditório homenageia o empresário mineiro e ex-vice-presidente da República por sua capacidade de articulação entre o segmento empresarial e os trabalhadores. “Esse novo auditório vem ampliar os espaços de diálogo com a sociedade mineira e melhorar a infraestrutura da Assembleia para a realização de eventos. É também uma justa homenagem a José Alencar Gomes da Silva”, afirma o presidente da Casa, Adalclever Lopes (PMDB). A inauguração do novo espaço será marcada, também, pelo lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional. Entidade civil suprapartidária, a frente é integrada por 201 deputados federais e 18 senadores de vários partidos.
Frase do dia
“Esse governo passa, daqui a pouco ele vai, e o PMDB fica. O PMDB não é um mau partido, são alguns membros que o estão destruindo.”
Kátia Abreu
Senadora (PMDB-TO)
