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Em reunião com baixaria, Câmara autoriza que PBH pegue R$ 800 milhões emprestado

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PUBLICADO EM Sat Dec 16 02:00:00 GMT-03:00 2017

Em reunião com baixaria, Câmara autoriza que PBH pegue R$ 800 milhões emprestado

Na penúltima reunião do ano na Câmara Municipal de Belo Horizonte, na qual o respeito pouco existiu e as discussões desceram ao mais baixo nível, os vereadores aprovaram nessa sexta-feira (15), em segundo turno, o projeto que autoriza o Executivo a contratar empréstimo de R$ 800 milhões com a Caixa Econômica Federal ou com outra instituição financeira. Esse dinheiro pode ser aplicado em obras como Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e três viadutos na avenida Cristiano Machado.

O líder de governo, Léo Burguês (PSL), apresentou um requerimento para que cinco emendas apresentadas ao texto, que na prática queriam estipular mais regras sobre a destinação da quantia, fossem votadas em bloco. A proposta foi aceita, o bloco de ideias rejeitado e os vereadores autores dessas emendas queixaram-se da condução do processo que, segundo eles, foi construído de forma que a matéria fosse votada exatamente conforme o desejo do prefeito Alexandre Kalil (PHS).

Mas a confusão começou após uma fala de Gabriel Azevedo (PHS), autor de uma emenda que queria delimitar que o valor de R$ 800 milhões fosse aplicado nas áreas de segurança, saúde, educação e mobilidade urbana. O parlamentar disse que Kalil passou toda a campanha criticando o ex-prefeito Marcio Lacerda (PSB) e a gestão do PSDB na área da saúde. Contudo, após ser eleito, nomeou o braço direito do socialista, Josué Valadão, para chefiar a Secretaria de Obras e deixou o comando da pasta da saúde nas mãos dos tucanos.

Ele ainda criticou a falta de discussão do projeto, o posicionamento da base governista e a condução que tem sido feita pelos líderes de governo: Burguês, Álvaro Damião (PSB) e Elvis Côrtes (PSD) – os dois últimos são vice-líderes. Vários parlamentares foram ao microfone para condenar a postura de Gabriel e afirmaram que a “revolta” dele seria por conta do racha com o prefeito.

“Era um amor tão perfeito com o prefeito que não estou entendendo esse ódio. Ele elegeu o prefeito, comandou a campanha, fez tudo e agora não estou entendendo essa posição”, alfinetou Wellington Magalhães (Podemos). Já Elvis disse que Gabriel tinha “amor enrustido” por Kalil, já que não pode mais ver o prefeito. Ainda lembraram do histórico político do oposicionista, dizendo que ele era azarado, já que esteve ao lado do senador Aécio Neves e da irmã dele, Andrea Neves.

O vereador do PHS foi novamente ao microfone e, entre outras críticas a alguns políticos, disparou que “a cidade sabe quem contratou travesti e não pagou” e “saiu correndo pela cidade”, que a cidade sabe “quem chega inspirado por substâncias” na Câmara, quem “usa o nome de Deus em busca de votos” e quem se reuniu com representantes do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) para articular aumento no valor da passagem de ônibus.

Pelo entendimento de parlamentares ouvidos pela coluna, as duas primeiras acusações foram direcionadas a Léo Burguês, que há dez anos se envolveu em uma polêmica ao ser acusado de agredir dois travestis e, enquanto as outras duas a Elvis. Em resposta, esse último afirmou que se Gabriel “tiver vergonha” não vai cumprimentá-lo e disse que irá à Justiça por calúnia, em referência a falas sobre o SetraBH. Burguês, por sua vez, disse que não iria replicar o que o vereador do PHS disse porque essa era a única forma que ele tem de “aparecer fora da internet” e que ele “não merece ser respeitado”. Outros parlamentares também criticaram a postura de Gabriel, que acabou votando favoravelmente ao projeto. (Fransciny Alves)

R$ 2,9 mi

O Superior Tribunal de Justiça empenhou R$ 2,9 milhões para a compra de 882 microcomputadores com teclado e mouse. O modelo é Think Center M910 Tiny, da marca Lenovo. Outros R$ 640,9 mil foram destinados pela Corte para a compra de 882 monitores de LCD de 23,6 polegadas.

Pará de Minas

A Câmara Municipal de Pará de Minas rejeitou, por 16 votos a 0, dois projetos que previam cortar em até 50% os salários de agentes políticos da cidade. A primeira pretendia reduzir pela metade os vencimentos dos 17 vereadores, que é de R$ 8.588,54. Já a segunda matéria queria reduzir, também em 50%, as remunerações do prefeito, do vice-prefeito e dos cinco secretários municipais. Os salários deles são, respectivamente, de R$ 18,3 mil, R$ 9.175,72 e R$ 8.504,31. Se os textos fossem aprovados, a economia anual seria de R$ 2,5 milhões. O presidente do Legislativo, vereador Mário Justino (PRB), foi quem idealizou as proposições rejeitadas. Por ser presidente da Casa, ele só poderia votar em caso de empate.

Frase do dia

“Se o Ministério Público não estiver de acordo, a delação não pode ser homologada. Ao inserir lado a lado o delegado com o MP, a lei diz que essa delação lavrada tem de ter a manifestação favorável do MP. Se o MP disser sim, é talvez, vamos ver o que juiz diz. Se disser não, é não.”
Luiz Fux – ministro do Supremo sobre possibilidade da PF firmar acordos de delação

Boca fechada

FOTO: Fábio Motta/Estadão Conteúdo – 22.11.2017

Dizendo-se injustiçado por estar detido por crime eleitoral e coação de testemunhas, o ex-governador do Rio Anthony Garotinho iniciou nessa sexta-feira (15) uma greve de fome. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) confirmou que ele parou de aceitar as refeições oferecidas em Bangu. 

Propaganda em uniformes escolares

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta semana um projeto de lei que autoriza a prefeitura a buscar parcerias com o setor privado para a fabricação e distribuição de uniformes escolares da rede municipal de ensino. De acordo com o projeto, a logomarca da empresa doadora ocupará no uniforme espaço igual ou menor do que o reservado ao logotipo da escola, a ser colocada na manga da blusa escolar e, na calça ou bermuda, nas laterais. O autor do Projeto de Lei 520/2001, vereador Celso Jatene (PR), afirmou em pronunciamento durante a Sessão Plenária que a parceria com o setor privado vai proporcionar melhor qualidade aos uniformes utilizados pelas crianças da rede pública. A proposta veda a participação de empresas ligadas a propaganda de fumo, bebidas alcoólicas, jogos de azar, político-partidária e que atentem contra a moral e os bons costumes. O texto ainda precisa passar por segunda votação, e se aprovado, ir para sanção ou veto do prefeito João Doria (PSDB).

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