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Há quase dois anos no cargo, Temer ainda não veio nenhuma vez a Minas

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PUBLICADO EM Fri Mar 16 07:56:11 GMT-03:00 2018

Há quase dois anos no cargo, Temer ainda não veio nenhuma vez a Minas

Prestes a completar dois anos no comando do país, o presidente Michel Temer (MDB) não realizou nenhuma visita oficial a Minas Gerais. Isso é o que mostra levantamento do Aparte com base no relatório de viagens nacionais e nas agendas do emedebista disponíveis no site do Palácio do Planalto. O “jejum” seria quebrado na última sexta-feira, quando iria visitar São Roque de Minas, na região Centro-Oeste do Estado. No entanto, alegando mau tempo, ele decidiu não vir. Temer iria lançar um programa para ajudar a recuperar as bacias dos rios São Francisco e Parnaíba.
 
O presidente assumiu o comando do Brasil em 12 de maio de 2016, logo após a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) sofrer impeachment. De lá até hoje, Temer realizou 64 viagens nacionais. Durante as andanças, visitou 14 dos 26 Estados – o Distrito Federal não foi levado em conta porque é o local onde o emedebista reside. Ainda segundo o levantamento, durante essas viagens ele esteve em 27 municípios.
 
O relatório mostra ainda que o lugar que Michel Temer mais visitou foi São Paulo. Foram 31 voos, sendo que 25 deles tiveram como destino a capital paulista. As outras cidades no Estado em que o emedebista esteve em missões oficiais foram: Campinas, Mogi das Cruzes, Praia Grande, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Sorocaba. O segundo Estado que mais recebeu o presidente foi o Rio de Janeiro. Foram 12 idas ao local, sendo que apenas uma não foi à capital.
Depois disso, o Estado mais visitado por Temer foi Pernambuco, onde esteve seis vezes, em cinco cidades distintas. A maioria das viagens do presidente teve como foco a participação em inaugurações de programas do governo, a presença em eventos distintos e em cerimônias em sua homenagem. O levantamento feito pelo Aparte também mostra que, desde que se tornou presidente, ele teve tempo na agenda para ir a 11 países. 
 
O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Fábio Ramalho (MDB), estava no hangar em São Roque de Minas para receber Michel Temer, mas deu meia-volta. De acordo com o parlamentar, no próximo domingo, o presidente deve ir para o Chile, mas a visita a Minas deve ser remarcada. Questionado se o Estado, que é o segundo maior colégio eleitoral do país, não está sendo desprestigiado pelo emedebista, Ramalho negou. 
 
“Tem algumas coisas que a gente precisava para Minas, que eram mais primordiais do que a visita dele, que também seria muito bem-vinda. Mas as principais bandeiras nesses dois anos de governo eram a questão de uma nova alíquota da Compensação Financeira pela Exploração de Produtos Minerais (Cfem), que foi resolvida; um contingente maior de recursos para a saúde de Minas, que foi liberado neste mês; e recursos para as rodovias BR–381 e BR–367. Pra gente, essas eram as principais bandeiras na agenda predeterminada e foram cumpridas”, declarou o deputado. (Fransciny Alves)
 

Valente

FOTO: Vladimir Platonow/Agência Brasil - 17.11.2016

Um policial federal que participou da transferência do ex-governador Anthony Garotinho do Hospital Municipal Souza Aguiar para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em novembro de 2016, relatou que o político pediu “várias vezes” para receber um tiro no peito. Garotinho teria dito que, caso o policial não o matasse, ele se suicidaria dentro da prisão. O relato do agente foi anexado ao inquérito aberto na semana passada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra Garotinho por resistência e desacato. No depoimento, prestado quatro dias após o episódio, o policial federal também relatou que Garotinho disse que iria “quebrar a cara” do também ex-governador Sérgio Cabral, seu ex-aliado e atual desafeto, se o encontrasse no presídio: “se tem alguém que está milionário e fez um mal imenso à população do Rio, este é Sérgio Cabral, e não eu”. Na época, Cabral também estava em Gericinó — hoje ele cumpre pena em Curitiba.

Resistência a nova aliança

Alguns prefeitos do MDB, principalmente do interior de Minas Gerais, estão “irritados” com a insistência de deputados estaduais da legenda em apoiar a reeleição do governador Fernando Pimentel (PT). No entendimento deles, os únicos beneficiados com essa aliança são os parlamentares, uma vez que a coligação com os petistas é mais “vantajosa” para que eles consigam se reeleger e manter os mandatos. A principal reclamação dos prefeitos é quanto a promessas feitas por Pimentel, em 2014, que não foram cumpridas. Diferentemente da bancada do MDB na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), lideranças do interior, por exemplo, não foram atendidas com cargos nem com recursos extras para os municípios, ao contrário, enfrentam atrasos de repasses. 

Quebra de decoro

O vereador de Belo Horizonte Jair di Gregório (PP) protocolou ontem, na Câmara Municipal, um requerimento contra o colega Gabriel Azevedo (PHS) por quebra de decoro parlamentar. Na última sexta-feira, a Casa virou palco de polêmicas após Azevedo alegar que Gregório teria aceitado participar da base de governo do prefeito Alexandre Kalil (PHS) no Legislativo em troca de uma vaga para o filho dele em um time das categorias de base do Atlético. O pepista considerou a acusação um “revanchismo” por parte de Azevedo, já que não quis assinar requerimento para instauração da CPI da caixa-preta da BHTrans na Câmara. No entendimento de Gregório, a abertura de um colegiado investigativo seria por uma briga pessoal entre Azevedo e Kalil.

FOTO: MOISES SILVA – 26.6.2017

“Nós estamos em um Estado de direito. Se é pra valer, (Lula) não será candidato, então não é candidato. Alimentar essa hipótese acho que não faz bem à democracia porque é gerar uma falsa expectativa, a ilusão de que ele pode ser candidato quando a legislação diz ‘não’.”

Alvaro Dias (Podemos-PR) Senador e pré-candidato à Presidência

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