Há quase dois anos no cargo, Temer ainda não veio nenhuma vez a Minas
Valente
Um policial federal que participou da transferência do ex-governador Anthony Garotinho do Hospital Municipal Souza Aguiar para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em novembro de 2016, relatou que o político pediu “várias vezes” para receber um tiro no peito. Garotinho teria dito que, caso o policial não o matasse, ele se suicidaria dentro da prisão. O relato do agente foi anexado ao inquérito aberto na semana passada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra Garotinho por resistência e desacato. No depoimento, prestado quatro dias após o episódio, o policial federal também relatou que Garotinho disse que iria “quebrar a cara” do também ex-governador Sérgio Cabral, seu ex-aliado e atual desafeto, se o encontrasse no presídio: “se tem alguém que está milionário e fez um mal imenso à população do Rio, este é Sérgio Cabral, e não eu”. Na época, Cabral também estava em Gericinó — hoje ele cumpre pena em Curitiba.
Resistência a nova aliança
Alguns prefeitos do MDB, principalmente do interior de Minas Gerais, estão “irritados” com a insistência de deputados estaduais da legenda em apoiar a reeleição do governador Fernando Pimentel (PT). No entendimento deles, os únicos beneficiados com essa aliança são os parlamentares, uma vez que a coligação com os petistas é mais “vantajosa” para que eles consigam se reeleger e manter os mandatos. A principal reclamação dos prefeitos é quanto a promessas feitas por Pimentel, em 2014, que não foram cumpridas. Diferentemente da bancada do MDB na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), lideranças do interior, por exemplo, não foram atendidas com cargos nem com recursos extras para os municípios, ao contrário, enfrentam atrasos de repasses.
Quebra de decoro
O vereador de Belo Horizonte Jair di Gregório (PP) protocolou ontem, na Câmara Municipal, um requerimento contra o colega Gabriel Azevedo (PHS) por quebra de decoro parlamentar. Na última sexta-feira, a Casa virou palco de polêmicas após Azevedo alegar que Gregório teria aceitado participar da base de governo do prefeito Alexandre Kalil (PHS) no Legislativo em troca de uma vaga para o filho dele em um time das categorias de base do Atlético. O pepista considerou a acusação um “revanchismo” por parte de Azevedo, já que não quis assinar requerimento para instauração da CPI da caixa-preta da BHTrans na Câmara. No entendimento de Gregório, a abertura de um colegiado investigativo seria por uma briga pessoal entre Azevedo e Kalil.
“Nós estamos em um Estado de direito. Se é pra valer, (Lula) não será candidato, então não é candidato. Alimentar essa hipótese acho que não faz bem à democracia porque é gerar uma falsa expectativa, a ilusão de que ele pode ser candidato quando a legislação diz ‘não’.”
Alvaro Dias (Podemos-PR) Senador e pré-candidato à Presidência