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Ministro de Temer assedia garota após ser questionado

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PUBLICADO EM 29/05/16 - 03h00

O ministro Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo, se envolveu em uma polêmica no Twitter na sexta-feira. Ao publicar em seu perfil: “Quem lembra com quem falou ontem ao telefone?” – em referência aos vazamentos de grampos do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado –, o braço direito do presidente interino, Michel Temer (PMDB), foi interpelado pela estudante de administração Clarissa Generoso, 22, de Governador Valadares.

Após a declaração do político, a jovem questionou: “Eu lembro, e se quiserem me grampear não tenho medo algum... Agora, você, hein???”. Instantes depois, Geddel respondeu à garota: “Só terei problema se meu grampo for em uma conversa com vc (sic)”. Em entrevista ao Aparte, Clarissa diz que se sentiu constrangida com a resposta, que ela considerou de teor machista.

“A maneira com que ele me respondeu deixou subentendido para que outros pensassem o que quisessem sobre uma suposta conversa entre ele e eu. Ele é ministro e me dá uma resposta dessas? Poderia ter respondido de outra maneira, ou só bloqueado mesmo, como fez com outros (seguidores). Não vi uma resposta dele assim para um homem. (...) Considerei (a resposta como) assédio e (com conteúdo) totalmente machista”, contou a estudante.

Outros usuários do Twitter condenaram a atitude de Geddel, que, antes de responder a mineira, havia repudiado em seu perfil o estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos no Rio de Janeiro: “Esse estupro coletivo é o homem em plena barbárie. Estou profundamente chocado, indignado. Tenho filhas nessa idade”. Uma das críticas foi de uma professora de Pernambuco que disse para ele se portar como um ministro e responder de “forma mais inteligente”. Geddel justificou: “Antes de ser ministro sou ser humano, com todos os defeitos e qualidades da espécie”. Mas depois disse que iria levar em conta a “observação”.

Clarissa diz que também recebeu críticas. “Tive apoio da maioria, mas sempre tem aqueles do ‘bem feito’, ‘falou o que quis e ouviu o que não quis’, ‘parabéns, ministro, baiano não tem sangue de barata’, entre outros”. Ainda segundo a jovem, que foi bloqueada pelo ministro na rede social, não há diálogo no país: “É sempre um querendo engolir o outro. Achando que só uma verdade deve prevalecer”. (Fransciny Alves / Especial para O TEMPO)
 

FOTO: Twitter / Reprodução - 26.05.2016
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Honraria. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) e o cineasta Steven Spielberg estão entre as nove personalidades que receberam o título honoris causa da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. A entrega da homenagem foi realizada na última quinta-feira. Segundo a universidade, o título destaca os laços de Harvard com o Brasil. Ontem, FHC cancelou a participação em evento da Associação de Estudos Latino-Americanos, em Nova York. O motivo foi um grupo de intelectuais que repudiaram a participação do tucano no encontro.

Alfinetada na base

Cabo Júlio (PMDB), que perdeu o posto de vice-líder do governo na Assembleia, não esconde sua irritação com o ato. A destituição ocorreu depois de ele ter dado aval para aprovar um requerimento da oposição que pedia cópia do depoimento de Benedito Rodrigues, o Bené, na operação Acrônimo, que investiga Fernando Pimentel. “O governo agiu comprando briga com quem mais o defende, até mais que alguns do PT. Na PM e no sistema prisional estão decepcionados com o governo. Tem férias-prêmio da PM sem pagar, fornecedor sem receber. Sempre fui o ponto de equilíbrio na Assembleia”, diz, lembrando que na oposição tem um representante da polícia que dá trabalho. Cabo Júlio diz que continua na base, “mas sem o compromisso de ter uma defesa fervorosa, Política não é para amadores”, alfineta.

DRU para todos

O deputado federal Laudivio Carvalho (SD-MG), relator da Comissão Especial de Desvinculação de Receitas da União (DRU), acertou com ministros e líderes do governo Michel Temer (PMDB) que Estados e municípios também terão direito a usar livremente 30% de suas receitas vinculadas. No entanto, o remanejamento não poderá afetar os gastos com saúde e educação. A comissão especial deve votar o relatório na próxima semana, depois de ter sido adiada por duas vezes nos últimos dias. Criada em 1994, a DRU permite ao governo federal usar livremente 20% de todos os tributos vinculados por lei a fundos ou despesas. Na prática, permite que a União aplique os recursos destinados a áreas como educação, saúde e Previdência Social em qualquer despesa considerada prioritária e na formação de superávit primário.

"Renan Calheiros é o senhor dos anéis. Ele manipula tudo no Senado. Fui cassado por livre arbítrio do senhor dos anéis.” Delcídio do Amaral, senador cassado

R$ 2,1 mi é o valor que a Câmara Federal reservou para a contratação de serviços de operação de elevadores da Casa. O valor atende despesas de maio a dezembro.

Mudança. Tramita na Câmara Federal a Proposta de Emenda à Constituição 192/2016, do deputado Rogério Rosso (PSD-DF), que altera o quórum para apreciação de vetos presidenciais de maioria absoluta (257 deputados e 41 senadores) para maioria simples (metade mais um). A proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

“Só as urnas podem unir os brasileiros novamente. Espero que o bom senso de Dilma Rousseff e Michel Temer os faça aceitar essa ideia.” Cristovam Buarque (PPS-DF), senador

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