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'Turma do terror' de Kalil aponta falhas e preocupa secretários municipais

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PUBLICADO EM Fri Nov 17 02:00:00 GMT-03:00 2017

'Turma do terror' de Kalil aponta falhas e preocupa secretários municipais

A estratégia do prefeito Alexandre Kalil (PHS) durante a campanha no ano passado se repete em sua gestão e tem assustado seus secretários. Nas propagandas eleitorais, o ex-presidente do Atlético visitava, de surpresa, postos de saúde de Belo Horizonte para testar o funcionamento da estrutura e verificar, a presença de médicos e conversava com a população sobre os problemas mais graves.

Em um dos vídeos exibidos por Kalil durante a campanha, o então candidato visitou a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) no bairro 1º de Maio, Região Norte da capital. Ao presenciar um pai esperando durante toda a madrugada por um atendimento para sua filha e ouvir que os médicos só atenderiam a paciente depois das 8h30, Kalil disparou: “Isso é esculhambação geral”. O então candidato do PHS também testou as estações de ônibus, onde acompanhou as dificuldades enfrentadas por quem depende do transporte coletivo. A estratégia funcionou, e Kalil foi eleito prefeito, sem fazer muitas promessas, mas garantindo que ia “fazer funcionar” os serviços da prefeitura.

Um ano depois, Kalil continua dando incertas nos órgãos e equipamentos públicos municipais, só que, agora, o prefeito elegeu um grupo de servidores para fiscalizar e identificar as falhas. Chamada pelos servidores de “turma do terror”, a equipe tem o papel de descobrir falhas nas prestações de serviços municipais, fazer visitas-surpresa, elaborar relatórios detalhados, incluindo fotos, e entregar ao prefeito.

Segundo uma fonte ligada à Prefeitura de Belo Horizonte, Kalil costuma chamar a seu gabinete os responsáveis pelas áreas e cobrar soluções imediatas dos problemas verificados. “Quem chega à sala do prefeito já sabe que não adianta tentar esconder ou amenizar os problemas, porque estão todos documentados”, disse a fonte. Por causa desse estilo de cobrança, um dirigente de órgão já ameaçou abandonar o cargo.

Em junho, faltaram nos hospitais municipais fitas para medição de glicemia, material essencial para diabéticos. Em vez de esconder o problema, como costuma fazer a maior parte dos governantes, Kalil foi ao Twitter: “Faltar fita pra quem tem diabetes é o c… Amanhã de manhã esse assunto estará no gabinete do prefeito! Pode ser contrato de emergência, licitação ou o que for. Será resolvido pessoalmente pelo prefeito”, escreveu.

Um dia depois, Kalil escancarou o problema ao dizer que houve atraso na licitação para a compra das fitas. “A falha não foi por falta de dinheiro, e sim por incompetência”, afirmou o prefeito. (Angélica Diniz)

Nepotismo cruzado

Após o Aparte publicar que uma denúncia de nepotismo cruzado envolvendo os deputados Sargento Rodrigues (estadual) e Subtenente Gonzaga (federal), ambos do PDT, o parlamentar federal procurou a coluna para dizer que acusação que circula nas redes sociais é “inverídica”. Gonzaga argumenta que a pessoa citada como seu sobrinho, Lucas dos Santos Ribeiro Filho, não possui nenhum grau de parentesco com ele, apenas o sobrenome é o mesmo. “Não há nenhum parente do deputado Gonzaga lotado em qualquer gabinete de qualquer deputado, seja estadual ou federal”, informa a nota. Já a Polícia Militar divulgou nota dizendo que “os assuntos citados pelo deputado Sargento Rodrigues retratam uma opinião pessoal, e a instituição não irá tecer comentários”. Rodrigues havia dito que o autor das mensagens apócrifas havia sido identificado e trabalha próximo ao comandante geral da corporação. 

Foro privilegiado

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados decidiu retirar da gaveta e marcou para o próximo dia 22 a votação da proposta que acaba com o foro privilegiado para crimes comuns e até para políticos, um dia antes de o Supremo Tribunal Federal realizar sessão para tratar do mesmo tema. O presidente da CCJ, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), havia anunciado que colocaria em pauta vários temas depois do feriado. Na prática, a votação na CCJ é mais uma postura política do Parlamento, já que a PEC terá que ser analisada ainda por uma comissão especial sobre o tema, que leva em média 90 dias para avaliar uma proposta.

Frase do dia

“Prefeito ou prefeita regional tem que trabalhar e não reclamar. Serve de alerta para todos. Se quiser trabalhar, trabalhe. Se quiser reclamar, saia.”
João Doria (PSDB), prefeito de São Paulo, sobre as reclamações de falta de recursos de seus auxiliares

Data errada

FOTO: reprodução Instagram @andremourapsc

O líder do governo no Congresso Nacional, deputado André Moura (PSC-SE), publicou nas redes sociais uma imagem da declaração da Independência do Brasil, comemorada em 7 de Setembro, para referir-se à data da Proclamação da República, comemorada nessa quarta-feira (15). Nas redes sociais, André Moura escreveu logo abaixo da reprodução da tela: “Destaco hoje (quarta-feira) essa importante data que marca a história do Brasil. Em 15 de novembro de 1889, foi instaurado (sic) a forma republicana federativa presidencialista do governo no Brasil, derrubando a monarquia constitucional parlamentarista do Império do Brasil e, por conseguinte, pondo fim à soberania do imperador d. Pedro II”. A imagem publicada pelo líder do governo é uma reprodução do quadro “Declaração da Independência”, do francês François-René Moreaux, pintado no começo da década de 1840. Seguidores do líder do governo nas redes sociais já o alertaram do equívoco. A publicação foi retirada, e foi postada a imagem do marechal Deodoro da Fonseca.

Valdivino

Sobre nota publicada na edição dessa quinta-feira (16) no Aparte, que mostrou que o ex-vereador de Belo Horizonte Valdivino foi convidado pelo presidente da CPI da PBH Ativos, Gilson Reis (PCdoB), a se retirar da mesa onde se encontravam os parlamentares da comissão, sob argumento de que somente os políticos em exercício de mandato poderiam permanecer no espaço, a vereadora Nely – que é irmã dele, e não esposa, como informado pela coluna – afirmou que Valdivino não ficou constrangido. Segundo ela, a presença do ex-veredaor no colegiado se justifica “pela relevância do tema para cidade”. “No entanto, a indelicadeza cometida pelo presidente Gilson Reis, solicitando a sua retirada da mesa, não trouxe nenhum desconforto, pois Valdivino veio apenas como telespectador”, disse Nely por meio de nota. Valdivino acompanhou a sessão da CPI da plateia. 

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