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Minientrevista

“A visão de Aécio e da cúpula do PSDB ainda é antiquada”

Renato Pereira antropólogo e marqueteiro de Aécio Neves (PSDB) até dezembro de 2013

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Pereira criticou tática do PSDB, saiu e ganhou com Pezão no Rio
PUBLICADO EM 28/10/14 - 03h00

Por que a presidente Dilma foi reeleita?

A campanha dela soube perceber com maior nitidez em que país está vivendo. O PSDB demonstra ter ainda uma visão muito patrimonialista da política. A visão de Aécio e da cúpula do PSDB ainda é antiquada, com composições, com políticos que supostamente têm os seus currais eleitorais e celebridades que supostamente influenciam as pessoas. Isso se traduz em peças publicitárias completamente inadequadas numa eleição tão apertada.

Quais os principais erros?

O primeiro foi anunciar Armínio (Fraga) como ministro da Fazenda, o que propiciou ao PT tornar tangível a narrativa do governo de ricos versus de pobres.

O problema foi anunciar um ministro ou o Armínio?

Ao anunciar Armínio, ele (Aécio) busca ganhar credibilidade. Mas só entre quem já votava nele. O PT conseguiu uma tangibilidade para o discurso deles. Isso deu credibilidade à história (petista). O segundo foi ter chamado Dilma de ‘leviana’. No Nordeste, ‘leviana’ tem o sentido de “mulher da vida”. Ficou particularmente agressivo. Do lado do PT, tem esse erro inacreditável, não da campanha, mas de uma parte da militância, fazendo aquela ataque à sede da “Veja”. Mas acho que não deu tempo (de influir no resultado).

O caso Petrobras permeou a campanha toda, e Aécio apostou nisso. Foi um erro?

(A corrupção) é um tema relevante para o eleitor que já priorizava o voto contra o PT. Aécio foi muito eficiente em pregar para os convertidos, mas, para ganhar a eleição, ele tinha que converter novos eleitores. A campanha do Aécio falava de um conjunto de temas e dentro de uma zona de conforto do PSDB: o discurso da ética e da eficiência.

O PSDB não quis abandonar essa zona de conforto?

Não quis ou não soube. No fim dos anos 90, o PT consegue se adaptar a um país em transformação. O PSDB continua muito preso a um discurso tradicional.

Rádio Super

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