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Investimento e mais profissionais não resolvem problema da saúde

Médico defende diálogo mais próximo com a classe para melhorar o setor no país

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PUBLICADO EM 21/07/14 - 05h00
A cada eleição, a saúde pública é uma das áreas mais debatidas nas campanhas políticas. Filas, falta de médicos e pouca estrutura são algumas das mais frequentes críticas da população ao sistema de saúde em municípios e Estados do país. Para o médico Breno Figueiredo Gomes, do Hospital Mater Dei, a gestão dos recursos da saúde e das qualidades dos serviços deve ser melhorada.
“Em comparação com outros países semelhantes ao Brasil, o país fica bem abaixo em termos de recursos voltados para a saúde. É preciso valorizar a área com uma estrutura digna tanto para os pacientes quanto para os profissionais da área”, afirma Breno.
De acordo com ele, essa valorização seria o primeiro passo para atrair investimentos e outros bons profissionais. “É evidente que existiu um sucateamento da rede pública nos últimos anos. O número de profissionais é suficiente, porém, as condições de trabalho afastam estes profissionais”, relata.
Breno também afirma que programas sociais atuais não são suficientes para sanar o déficit existente na saúde. Além disso, a falta de diálogo com os profissionais inseridos no sistema é uma das preocupações mais graves no meio. “É preciso um estudo sério sobre o tema. É cansativo ver medidas sendo tomadas sem qualquer discussão”.
Para o especialista, a melhor saída para uma reestruturação digna da área seria a partir de um diálogo junto com os profissionais da saúde.
Já para a professora da UFRJ e conselheira da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) Ligia Bahia, o principal problema da saúde é a desconexão entre a política social e as necessidades da saúde. “Esse desencaixe é evidente ao se conceder ao Bolsa Família o estatuto de única política social. Uma política de saúde adequada também conseguiria reduzir desigualdades”, diz.

Para Ligia, o fato do Brasil ter indicadores econômicos melhores do que os sociais indica que existe uma carência de políticas sociais bem direcionais e articuladas entre si. “O Bolsa Família, por exemplo, não resolve problemas de prevenção e tratamento de câncer, epidemia de bebês prematuros, dengue e outras doenças infecto-contagiosas”, afirma a especialista.
 
A organização de um sistema de saúde voltado a atenuar riscos à saúde
deve ser, segundo Ligia, uma das propostas mais importantes para a área. Para ela, a atual situação mostra que não existe um corpo totalmente voltado para esse combate, e sim esforços desencaixados de municípios, Estados e União.

“Estes esforços pouco interligados não oferecem respostas para os desafios de investir na infraestrutura”, relata.
 
* Com supervisão de Ricardo Corrêa
Rádio Super

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