Apesar de Betim apresentar uma disputa pulverizada – com 11 candidatos – e ser um dos oito municípios mineiros que podem ter segundo turno, os eleitores da cidade poderão decidir ainda hoje quem será seu novo prefeito. Isso é o que mostram as duas últimas pesquisas sobre o cenário eleitoral realizadas no município da Grande BH.

A mais recente é a do Instituto Doxa, encomendada pelo Centro Industrial e Empresarial do Estado de Minas (Ciemg) e divulgada na sexta-feira, e a outra é a pesquisa DataTempo/CP2, publicada no dia 23 de setembro. Os dois levantamentos mostram que Vittorio Medioli (PHS) ampliou a vantagem sobre o segundo colocado, Ivair Nogueira (PMDB), obtendo mais de 50% das intenções de voto.

O empresário é o nome da coligação Bem de Betim, formada por 15 legendas. Na pesquisa DataTempo/CP2, ele saltou de 30,3% das intenções de voto, no levantamento estimulado de agosto, para 51,7%. Já na amostragem Doxa, também estimulada, Vittorio, que exerceu mandatos na Câmara Federal por 16 anos, chegou à marca de 50,2%.

Já o peemedebista, que está na segunda colocação, caiu de 16,3% para 10,7% na DataTempo/CP2. Na amostragem encomendada pelo Ciemg, ele marcou 9,2%. Deputado estadual em seu sexto mandato, o candidato da coligação Compromisso com Betim foi prefeito do município entre 1991 e 1992.

Vereador em seu segundo mandato, Sapão (PPS) tentou, em 2014, uma cadeira na Assembleia de Minas. Em terceiro nas pesquisas, na amostragem Doxa ele soma 8,5%. Já na DataTempo/CP2, ele caiu de 11,5,%, em agosto, para 6,6%.

Dados. A pesquisa do Instituto Doxa foi realizada nos dias 26 e 27 de setembro, com 600 eleitores. A margem de erro é de 4,08 pontos percentuais para mais ou para menos. O registro no TRE é o MG-04583/2016. O levantamento DataTempo/CP2, contratado pela Sempre Editora, ouviu 1.350 eleitores entre 13 e 16 de setembro. O nível de confiança é de 95%. A margem de erro é de 2,67 pontos percentuais para mais ou para menos. O registro no TSE é o MG-03289/2016.

Candidaturas

Sem polarização, mais nomes

Outros oito nomes concorrem nas urnas pelo posto de prefeito. Cenário bem diferente das últimas eleições na cidade, que foram marcadas pela polarização entre PT e PSDB. Vários desses candidatos também acumulam experiência na Câmara Municipal.

Professor de história da rede municipal, Eutair Santos (PT) está em seu quarto mandato consecutivo como vereador. Ele também já exerceu o cargo de secretário de Educação em Betim.

Quem também está com mandato em curso no Legislativo betinense é Erasmo Carlos, mais conhecido como Erasmo da Academia, que é o nome do PSC para a corrida eleitoral.

Já o PSDC tem como candidato à prefeitura Beto do Depósito, que já ocupou por três mandatos uma cadeira na Câmara Municipal e foi secretário de Esportes na cidade. Outro concorrente é o advogado Wilson de Souza (PSOL) que também já foi vereador na cidade.

Produtor cultural, Zulu (PCB) também quer angariar a cadeira do prefeito. Na cidade, ele tentou se eleger como vereador em 2008. (FA)

Câmara

Legislativo. Além de decidir o nome do novo prefeito, o eleitorado betinense escolherá hoje os ocupantes das 23 cadeiras na Câmara Municipal da cidade.

Reeleição. Dos atuais 23 vereadores que têm cadeira na Câmara, 17 tentam a reeleição. Três vereadores se candidataram como prefeito, e outros dois parlamentares concorrem nesta eleição municipal para o cargo de vice-prefeito.

Novato e dois “veteranos” também tentam a prefeitura

Com a pulverização de candidatos, o pleito deste ano em Betim também marca a estreia de um candidato nas urnas. Com 51 anos, o engenheiro civil e empresário Wenceslau Moura (PSB) é o nome da coligação Acorda Betim para a prefeitura da cidade.

Já outros dois postulantes ao Executivo municipal já têm experiência na disputa majoritária. É o caso do juiz de paz Fernando Mendonça (PSL), que foi vereador da cidade na década de 1980. Essa é a segunda vez que ele se candidata à prefeitura – a primeira foi em 1988.

A única mulher que está na disputa pela cadeira do prefeito é a servidora municipal Dorinha, uma das fundadoras do PSTU. Em 2004, ela também já havia tentado se eleger ao cargo. (FA)

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