A cordialidade que existia entre os candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte não resistiu ao primeiro debate entre eles. Na discussão promovida pela TV Band Minas, os ataques deram o tom da interação entre os postulantes ao cargo. Dividido em cinco blocos, o debate o começou com os candidatos se apresentado e justificando por que mereciam ser prefeitos da capital mineira.

Délio Malheiros (PSD) foi o maior alvo de críticas dos outros candidatos, por ser o nome apoiado pelo prefeito Marcio Lacerda (PSB). Os concorrentes também fizeram questão de adotar um discurso em que se colocam como nomes abertos ao diálogo, em contraponto a uma das principais críticas da atual gestão, que não ouviria a população

Marcelo Álvaro Antônio (PR) foi quem adotou o tom mais agressivo. Ele confrontou Délio Malheiros ao perguntar diretamente sobre a frase que o ele disse nas eleições de 2012: “Estarei com quem estiver contra o Marcio”. Ele perguntou se o eleitor poderia confiar que Délio não mudaria de opinião de acordo com a conveniência. Délio não se irritou e listou frutos que ele considera positivos da parceria com Lacerda, como as Unidades Municipais de Educação Infantil (Umeis) e o Move.

Reginaldo Lopes (PT) disse que não é filho de político e que não tem padrinhos, em referência aos candidatos Luis Tibé (PTdoB) e Marcelo Álvaro Antônio, que destacaram o berço político familiar.

Alfinetadas

Outro momento quente foi protagonizado por Kalil e Rodrigo Pacheco (PMDB). O peemedebista questionou se a campanha de Kalil seria baseada em mentiras. Recentemente, Kalil disse que Pacheco representava a velha política e estava aliado ao presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB) e do presidente interino Michel Temer.

Pacheco também acusou o rival de ter se aliado à políticos e pertencer a um partido, apesar de criticar a política atual. Alexandre Kalil, bem ao seu estilo, disparou: “essa coisa de gente muito novinha querer desqualificar quem tem currículo não vai colar não. O povo me conhece e sabe que quando eu pego para fazer, eu faço”.

Ausências.
Não participaram Eros Biondini (PROS), Vanessa Portugal (PSTU) e Maria da Consolação (PSOL). O convite foi para coligações ou partidos que somam, no mínimo, mais de nove representantes na Câmara.