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Ribeirão Vermelho

Cidade mineira terá duas mulheres na disputa por prefeitura

Mulheres são apenas 8,82% dos candidatos inscritos para prefeito em Minas Gerais

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Ana Rosa Mendonça Lasmar (PSD) e Delma Batista de Souza (PT)  disputam prefeitura de Ribeirão Vermel
Ana Rosa Mendonça Lasmar (PSD) e Delma Batista de Souza (PT) disputam prefeitura de Ribeirão Vermelho
PUBLICADO EM 26/08/16 - 16h00

Em uma eleição majoritariamente composta por homens, uma cidade mineira quebra a regra: Ribeirão Vermelho, no Sul de Minas, será disputada por duas mulheres. O município é o único do estado em que as postulantes ao cargo máximo do executivo são somente elas.

Em campanha televisiva, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra as distorções do número de mulheres representadas em cargo políticos e o percentual do eleitoral. Em Minas Gerais, as mulheres são 51,67% do eleitorado, enquanto as candidatas para o pleito de outubro representam apenas 31,26% do total de inscritos, pouco acima do mínimo exigido nacionalmente pela cota por sexo (30%).

A discrepância é ainda maior ao se verificar o percentual por cargo. Os homens inscritos são 91,18% dos candidatos a prefeito em Minas Gerais. Logo, elas são 8,82%. A diferença é menor na disputa por vagar no legislativo - 67,36% contra 32,64%.

Na disputa em Ribeirão Vermelho, de um lado está a atual vice-prefeita Delma Batista de Souza (PT), do outro, a ex-prefeita Ana Rosa Mendonça Lasmar (PSD).

Vereadora em dois mandatos, entre 2001 e 2008, Delma não foi reeleita na terceira tentativa, o que ela considera uma dádiva divina por ter tido câncer no período que coincidiria com o mandato. Depois disso, em 2012, foi convidada para integrar uma chapa na disputa pela prefeitura. Venceram. Mas o atual prefeito decidiu não tentar a reeleição. Então, ela decidiu candidatar-se para "dar opção ao eleitor".

Ao saber que Ana Rosa seria a única candidata nas eleições, Delma - que disse ter sido apoiadora da atual adversária, mas que "decepcionou-se com o passar tempo" - decidiu lançar-se candidata. "Não seria justo jogar nossos quatro anos fora", diz a petista, que, afirma ter pegado a prefeitura "falida" e, ao lado do prefeito, "administrado as coisas erradas que deixaram para a gente".

Entre os seus papéis como vice, ela diz ter sido responsável direta pela criação de cursos profissionalizantes na cidade e por ter conseguido negociar emendas parlamentares para a saúde.

Ana Rosa, por sua vez, primeira prefeita eleita na cidade, governou entre 2005 e 2012. Mas, antes de ser eleita, perdeu uma disputa. "Consegui quebrar paradigmas. Na primeira campanha, ao visitar os eleitores, eles conversavam olhando para o vice", recorda. À época conseguiu construir a primeira creche da cidade e investir em programas sociais.

Hoje, ela entende que o preconceito é menor e avalia como positiva a campanha do TSE para que haja maior aceitação e participação da mulher na vida política. O reconhecimento de um bom trabalho liderado por uma mulher, no entanto, requer muito mais suor, diz ela.

Bióloga, professora e assessora política, ela diz que a "doação tem que ser maior", extrapolando os serviços acumulados em casa e no trabalho. "Acho ótimo. As mulheres ainda participam pouco", diz ela sobre o fato de serem duas mulheres na disputa e, acrescenta: "São duas mulheres corajosas, que abrem mão da sua vida privada para se dedicar à prefeitura".

Rádio Super

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