Candidato ao Senado
Rodrigo Paiva defende gestão das escolas públicas pela iniciativa privada
Concorrente do partido Novo propõe também a criação de plano de saúde popular e mudanças no Bolsa Família
20/09/18 - 11h33
Convidado do programa Café com Política, da rádio Super Notícia 91,7 FM, nesta quinta-feira, o candidato em Minas ao Senado pelo partido Novo, o engenheiro Rodrigo Paiva defendeu que as escolas públicas sejam geridas pela iniciativa privada. “É possível ter educação de qualidade. Meus pais estudaram em escolas públicas, eu já não estudei em escola particular”, observou.
Rodrigo Paiva disse que sua proposta para a educação pública se baseia em levantamento, realizado pelo Novo, que está em fase de estudo. “Aqui em Belo Horizonte, por exemplo, a Prefeitura gasta 1.083 reais com cada aluno da escola pública. E qual é a avaliação da escola pública? É péssima, ela perde em vários degraus para a escola privada”, afirmou.
Veja entrevista na íntegra
Segundo o candidato, o governo pagaria um valor para que a iniciativa privada administre a escola pública a partir de uma metodologia baseada em cumprimento de metas. “A avaliação dessa escola no Enem é de tanto e ela tem de passar para tanto, e aí vamos fazer uma experiência, vamos tentar isso”, propôs.
Rodrigo Paiva disse que a prioridade do partido é no ensino fundamental. “A maior parte dos recursos deve ir, sim, para o ensino fundamental e não para o ensino superior. Quem tem condição de pagar o ensino superior que pague, e quem não tem nós vamos oferecer bolsas, funciona no mundo todo assim”, ressaltou.
Bolsa Família aperfeiçoado e plano de saúde popular
Além disso, o candidato ao Senado defende a criação de planos de saúde populares e a manutenção do Bolsa Família, criado pelo governo do PT, mas com mudanças. “Somos a favor do Bolsa Família como está com alguns aperfeiçoamentos, porque para o PT o sucesso do Bolsa Família é quando as pessoas entram no Bolsa Família”, observou.
De acordo com o candidato, a proposta do Novo é que haja uma contrapartida de quem recebe o benefício do governo. “O sucesso do Bolsa Família é quanto menos famílias tiverem no Bolsa Família melhor. Nós queremos aperfeiçoar, sim, porque entendemos que deve haver uma contrapartida também, porque o dinheiro de graça a pessoa se acostuma com aquele valor”, ponderou.
“Se a pessoa não souber fazer nada, ela vai varrer a rua, capinar escola, dar uma contribuição para a sociedade. Acho que isso é muito importante, até para que ela possa aprender um ofício. Se ela não tem qualificação profissional, ele poderia ter uma qualificação para poder sair para romper com isso, porque ficar recebendo dinheiro de graça do governo o tempo todo isso não funciona, não estimula a pessoa” acrescentou.
Em relação aos planos de saúde populares, Rodrigo Paiva disse que as empresas teriam redução de impostos para que possam implementar a medida. “Fazer com que as empresas que atuem nesse setor paguem menos impostos para que elas possam ter planos mais acessíveis à grande parte da população. É uma demanda da população. Se você vai no SUS, tem filas, para atendimentos especializados, de dois anos. É uma vergonha. Se seu problema é câncer, a pessoa morre. Isso tem acontecido direto no Brasil”, observou.
Segundo o candidato, a o governo deve garantir, no entanto, o atendimento básico à população de baixa renda. “Nós temos de dar condições para essas famílias (abaixo na linha de pobreza) terem a saúde básica, a educação básica e a segurança básica”, afirmou.