Após um mês de campanha, Engler diz que tarefa é mais árdua que o esperado

Quando a Justiça eleitoral liberou o início da campanha política em 27 de setembro, Bruno Engler já vivia o imbróglio com o PRTB em relação à chapa na disputa majoritária. Tanto é que um dia depois do início da corrida eleitoral, ele convocou uma coletiva para dizer que manteria a candidatura e que iria até às últimas instâncias da Justiça. Nesta terça-feira (27), um mês depois, o candidato afirmou que a tarefa tem sido mais árdua do que pensava.

“Foi mais árdua do que eu imaginei porque eu tenho de fato um partido jogando contra. O PRTB trabalha ativamente para atrapalhar a minha candidatura. Enquanto todos os outros candidatos têm o partido ajudando, dando suporte, dando estrutura, eu tenho um partido colocando empecilhos e problemas. Mas isso não é algo que nos desanima, pelo contrário, a gente tem tido uma campanha muito firme, uma resposta muito boa das pessoas, eu acredito que nós temos boas chances de chegar ao segundo turno e chegando no segundo turno, acredito que temos boas chances de ganharmos essa prefeitura”, declarou.

Sobre um balanço de como tem sido a campanha, Engler disse que o foco foi, até o momento, em rede social devido à ausência na propaganda eleitoral gratuita em rádio e televisão e nas agendas de rua. As doações, que somam mais de R$ 323 mil de acordo com a última prestação de contas – R$ 300 mil oriundos do empresário Ricardo Guimarães – ajudaram a manter uma campanha que não tem recursos públicos. “Essa ajuda do setor privado, de empresários, possibilitou que alugássemos um comitê em uma localização excelente na avenida Afonso Pena, uma região central onde todos os belohorizontinos conseguem chegar, conseguiu que fizéssemos os nossos materiais que estão rodando Belo Horizonte, seethru, adesivos, santinhos, e de fato tem sido uma campanha que enfrenta muitas dificuldades, mas que conta com apoio de muitas pessoas que querem a mudança em Belo Horizonte”, avaliou.

Questionado se há um mês imaginava encontrar um cenário diferente hoje, Engler disse que à época “imaginava que o partido fosse cumprir o combinado com ele e que pudesse ter uma candidatura harmoniosa, sem ter que lidar com as mentiras de dirigentes partidários”, o que facilitaria a candidatura.

Sobre a reta final para o pleito, Engler mira os quase 40% do eleitorado sem voto definido. Segundo a pesquisa espontânea divulgada pelo DataTempo/Quaest nessa segunda-feira (26), 12% dos entrevistados pretendem votar em branco ou nulo e outros 26% não sabiam ou não responderam. “Eu acho que a maioria das pessoas definem o seu voto na reta final. Há um espaço muito grande para crescimento e acredito que esse pessoal que está achando que a eleição está ganha, que o Kalil vai levar no primeiro turno, vai ter uma surpresa muito grande”, concluiu.