Eleições 2020

E-título não funciona e Barroso atribui instabilidade a downloads de última hora

Presidente do TSE comentou sobre a reclamação dos eleitores que não conseguem usar o aplicativo adequadamente

Por FOLHAPRESS
Publicado em 15 de novembro de 2020 | 14:05
 
 
 
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O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ministro Luís Roberto Barroso, atribuiu a instabilidade no aplicativo e-título neste domingo (15) aos eleitores "que deixaram para baixar em cima da hora".

"O brasileiro deixou para baixar o aplicativo hoje, então foram milhões de acessos ao mesmo tempo. Pedimos que todos fizessem o download antes, mas peço que insistam", afirmou, em visita ao projeto Eleições do Futuro, em Valparaíso (GO).
No projeto, empresas de tecnologia puderam testar inovações para o sistema eleitoral, como plataforma de voto online e reconhecimento facial. O ministro afirmou que há possibilidade de que as novas ferramentas já sejam utilizadas no pleito de 2022. "Se for possível, poderemos adotar já nas próximas eleições, vamos avaliar", disse.


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Segundo ele, no entanto, o eleitor poderá utilizar seu próprio celular para votar, mas ainda terá de comparecer ao colégio eleitoral. "Ainda não há tecnologia que permita assegurar que o cidadão não está sendo coagido, com o patrão ou o coronel atrás, então provavelmente ele terá que ir presencialmente votar", explicou.

O TSE troca cerca de 20% das urnas a cada pleito. "Precisamos encontrar soluções mais baratas", justificou.
Sobre os ataques recentes de hackers ao sistema do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e outros órgãos públicos no início de novembro, o ministro disse "que não está tranquilo", mas garantiu a segurança do processo eleitoral. "Se perguntar se estou tranquilo, não estou. Mas acho que nem o Pentágono ou a Nasa estão 100% tranquilos", ponderou.

Perguntado sobre a influência de milícias e do crime organizado nos pleitos municipais, Barroso alegou ser um problema de segurança pública. "A ocupação dos espaços pelos grupos precisa ser combatida não só nas eleições."
A Folha mostrou que a ameaça das milícias e das facções do tráfico de drogas à segurança do processo eleitoral em cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo será ainda maior do que nos últimos pleitos, segundo especialistas.

 

 

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