Minas

Eleições 2020: Em Contagem, políticos defendem castração e adoção de animais

Há ainda propostas para construir centro veterinário público e adotar castramóvel

Por Rômulo Almeida
Publicado em 07 de novembro de 2020 | 06:00
 
 
 
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Candidatos à Prefeitura de Contagem traçam estratégias para combater maus-tratos e reduzir o número de animais abandonados na cidade da região metropolitana. Campanhas de adoção e de castração estão na pauta dos concorrentes à chefia do Executivo. A Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses local faz cerca de 4.000 castrações por ano, de acordo com dados de 2019 do portal da Prefeitura. No ano passado, foram investidos cerca de R$ 1,4 milhão na modernização da unidade. 

Dr. Wellington (Republicanos) destaca a relação entre o cuidado com os animais e a saúde pública e promete atuar para reduzir o risco de proliferação de doenças. “Vou minimizar a população dos animais de rua, com equipamentos como o castramóvel, e investir em uma clínica veterinária pública. E vou ampliar o debate sobre a prevenção a doenças como a raiva, toxoplasmose, leishmaniose e outras infecções graves”, garante o médico. 

O controle de animais nas ruas hoje é feito pela Diretoria de Apreensão de Animais, da secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Após recolhido, o animal fica sob os cuidados desse setor até que seja adotado. Não há unidades móveis de castração hoje na cidade.

Ivayr Soalheiro (PDT) também fala em construir uma unidade pública de atendimento veterinário. “Vamos criar uma coordenadoria municipal de defesa dos animais. Outra atuação será construir uma clínica veterinário pública, com cirurgias ortopédicas, leito de isolamento, tudo que o animal preciso, gratuito”, defende o vereador. 

O candidato estuda também uma espécie de identidade para os animais da cidade, para facilitar a identificação e o controle. 

Professor Irineu (PSL) critica a atual política de controle de zoonoses do município. “Vamos criar uma base móvel municipal veterinária para atender os animais em todas as regionais e expandir a castração usando os castramóveis. E dialogar com universidades e organizações de defesa dos animais. O atual modelo não atende a sociedade”, declara o deputado estadual. 
Hoje, os moradores de Contagem podem fazer a solicitação de castração de seus animais pela internet. Os pedidos passam por uma avaliação técnica antes de serem respondidos. 

A ex-prefeita Marília Campos (PT) declara que se for eleita novamente para a chefia do Executivo vai recorrer a equipamentos públicos e organizações civis para promover o bem-estar dos animais do município. 

“A ideia é fortalecer o centro de zoonoses, ampliar o atendimento e celebrar parcerias com entidades e organizações de proteção animal no sentido de garantir os direitos dos animais no município”, explica a petista.

Outras propostas

Para estimular a adoção responsável de animais de estimação, o candidato Felipe Saliba (DEM) se compromete a firmar parcerias com ONGs e clínicas veterinárias. Ele também promete contratar mais funcionários para a Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses da cidade. 
 
O candidato Kaká Menezes (Rede) propõe criar campanhas educativas para fomentar a tutela responsável de animais abandonados também e criar uma lei municipal para a proteção animal. Wellington Silveira (PL) pretende criar um projeto chamado “EcoPet”, que visa à educação ambiental e o controle de animais abandonados. Ainda no programa de governo dele, está prevista a implantação de um canal telefônico exclusivo para denúncias de maus-tratos.
 
Implantar políticas de proteção aos bichos também está entre as proposta de Lindomar Gomes (PMN). O plano de governo de Maria Lúcia Guedes (PV) fala em proteger animais por meio de leis. 
 
Sebastião Pessoa (PCO) diz que o programa de seu partido concilia o interesse do ser humano com a preservação do meio ambiente. Os demais candidatos não expressam propostas nesta área em seus programas divulgados no TSE.

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