Contagem

Eleições 2020: Plano contra drogas tem ações de segurança e saúde

Entre as propostas há capacitação de jovens e utilização de cães farejadores

Por Rômulo Almeida
Publicado em 11 de novembro de 2020 | 06:00
 
 
 
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Seja na área da saúde ou da segurança pública, o combate às drogas está na pauta de candidatos à Prefeitura de Contagem, na região metropolitana. As propostas dos concorrentes variam desde a prevenção até a repressão. Também faz parte das promessas a busca por verba para políticas antidrogas junto ao governo federal. Dentro da estrutura da Secretaria Municipal de Defesa Social, o município tem hoje a diretoria de Prevenção à Violência e Ações Antidrogas, órgão responsável por desenvolver programas contra o abuso de substâncias. 

Para Marília Campos (PT), as drogas são tema para a saúde pública. Para coibir o tráfico, em vez de coibir, ela defende a criação de alternativas, por meio de capacitação, para que os jovens não recorram ao crime como meio de sustento. 

“A nossa política de defesa social é muito mais no sentido de estabelecer um cuidado. Pelo contrário, a guarda deve garantir sua autoridade por meio de programas de prevenção. Não acho que deva haver repressão a juventude”, propõe. 

Dr. Wellington (Republicanos) cita medidas de repressão para reduzir a circulação de drogas em Contagem, mas também faz parte do programa do vereador o suporte à saúde dos dependentes. 

“Vou investir na Guarda Civil Municipal, desenvolvendo ações preventivas, inclusive nas escolas, com cães farejadores no combate e na repressão. Além disso, por meio de parceria público-privada, meu governo vai trabalhar para desenvolver um centro multidisciplinar de apoio ao tratamento de usuários”, afirma o médico. 

Conhecer o perfil do usuário antes de traçar políticas concretas é a ideia de Felipe Saliba (DEM). Isso seria feito a partir de um banco de dados informatizado. “Por meio desse levantamento, será possível determinar a maneira que se deve fazer o acolhimento pessoal e individualizado para determinar encaminhamentos de instituições especializadas e possíveis tratamentos”, explica.

O advogado tem uma proposta específica para funcionários da prefeitura que sejam dependentes. “Criaremos suporte terapêutico e psicológico para alcoólatras no ambiente dos serviços municipais, apoiando funcionários que tenham problemas com álcool e drogas”, conclui. 

Uma das formas de ajudar dependentes químicos proposta por Professor Irineu (PSL) é recorrer a instituições religiosas. O deputado estadual também promete cobrar da União verba para políticas nessa área. 

“Nossa proposta é fazer parcerias com igrejas para que essas pessoas possam ser recuperadas. O Congresso está aprovando repasses do Fundo Antidroga. Sou o único que tem acesso direto ao PSL. O presidente foi eleito pelo nosso partido. E tenho certeza que vamos conseguir trazer um pouco desse recurso para Contagem”, diz. 

O Projeto de Lei 304/2016 prevê que a União repasse às prefeituras pelo menos 70% do Fundo Nacional Antidrogas (Funad). 

Planos de governo

Alfredo (Patriota) planeja criar um centro de recuperação para jovens dependentes químicos. Coronel Alvear (Cidadania) propõe acolhimento e humanização de grupos em vulnerabilidade e risco social, com especial atenção aos usuários de álcool e outras drogas. A estratégia de Coronel Fiuza (PTC) é coibir o uso abusivo e o comércio de drogas.

Está no programa de Ivayr Soalheiro (PDT) a ampliação da estrutura do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) para o atendimento de usuários de substâncias químicas. Fortalecer e ampliar o Caps também está nos planos de uma eventual gestão de Kaká Menezes (Rede)

Lindomar Gomes (PMN) diz que irá implementar uma política de auxílio no tratamento aos dependentes, atuando em frentes como palestras em escolas e no trabalho junto aos familiares dos usuários. Maria Lúcia Guedes (PV) propõe firmar parcerias e convênios com instituições públicas e privadas dedicadas aos cuidados de usuários. 

Wellington Silveira (PL) planeja disponibilizar no portal da prefeitura uma lista das entidades conveniadas e autorizadas pela Secretaria Municipal de Saúde para oferecer tratamento a dependentes químicos. 

Sebastião (PCO) afirma que seu partido é a favor da liberação das drogas, por entender que o consumo é uma decisão individual. Ele frisa, porém, que ‘isso não significa que sejam a favor do uso’. De todo modo, ele quer incluir no currículo do ensino básico informações sobre os riscos das drogas.

Márcio Bernardino (Novo) quer investir em esporte e cursos à distância, com o apoio da iniciativa privada, para evitar o aliciamento de jovens para o tráfico. O tratamento seria feito com a ajuda do terceiro setor. Dulce (PMB) vai buscar parcerias com instituições religiosas, associações e ONGs.

 

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