Confiante

Eleições em BH: Bruno Engler inicia conversas e convites para secretariado

Candidato propôs, recentemente, que a doutora Raíssa Soares assumisse a secretaria de Saúde em um possível mandato

Por Lucas Henrique Gomes
Publicado em 10 de novembro de 2020 | 15:54
 
 
 
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Confiante em um segundo turno e em uma vitória no embate direto com o atual prefeito Alexandre Kalil (PSD), Bruno Engler (PRTB) tem feito alguns contatos e convites para formar o secretariado em um possível mandato. As pastas tratadas com maior prioridade no primeiro momento são Educação e Saúde.

No último fim de semana, o deputado estadual recebeu na capital mineira a médica Raíssa Soares, especialista em clínica médica e que ganhou repercussão no início da pandemia quando gravou um vídeo pedindo que o presidente Jair Bolsonaro enviasse a hidroxicloroquina para Porto Seguro, na Bahia, local onde ela atende. Desde então, a profissional da área de saúde ganhou o campo político e participou de cerimônias no Palácio do Planalto ao lado do presidente.

Raíssa, que é mineira de Belo Horizonte, participou no último sábado (7) de um ato no comitê central de Engler e discursou para apoiadores do candidato sobre o tratamento precoce contra a Covid-19. No dia seguinte, Engler se reuniu novamente com a médica antes dela voltar para a Bahia em um compromisso que não estava na agenda de campanha. Nessa conversa, segundo informações de bastidores e confirmadas nesta terça-feira (10) pelo próprio candidato, ele a convidou para assumir a saúde da capital caso ele seja eleito.

“Deixei aberto o convite para ela estar vindo a ser a nossa secretária de saúde, ela ficou de considerar, levou o convite com muito carinho, mas falou que independente disso vai ajudar a estar montando toda a nossa equipe para gerir essa pandemia para que nós possamos passar por essa situação com mais estrutura, com mais preparo”, disse Engler.

Perguntado se o convite feito à médica vai ao encontro da ideia de oferecer hidroxicloroquina e azitromicina na rede pública de saúde, Engler acenou positivamente e ressaltou que Raíssa não é apenas uma defensora dos medicamentos citados, já que ela aplicou o protocolo na cidade do litoral sul baiano. “Ela fez o protocolo precoce em Porto Seguro e os números de lá são excelentes, são muito melhores que os daqui em relação à contaminação e mortes e ela também apresentou pra gente o tratamento profilático, que é o tratamento que você faz antes da infecção para caso você venha a entrar em contato com o vírus, você não sofrer os danos da doença. Então a gente quer implementar essas duas coisas em BH: o tratamento precoce e o tratamento profilático para a gente poder passar por essa pandemia com mais tranquilidade”, explicou o deputado.

O postulante ao Executivo da capital afirmou também que conversa com “outros bons nomes” e que pretende fazer um secretariado técnico. “Não tenho secretaria comprometida com partido nenhum, até porque nem coligação nós fizemos. Então a gente vai poder indicar os melhores nomes para BH”, frisou.

Perguntado se poderia citar alguns nomes, Engler disse que “está conversando com algumas pessoas, mas que ainda não tem nada certo” e, por isso, preferia não citar nominalmente. Uma das pastas que têm conversas avançadas, entretanto, é a de Educação. O escolhido seria um homem da “ala ideológica raiz” do Ministério da Educação e bem próximo do ex-ministro Abraham Weintraub. De imediato, Engler e assessores negaram que se tratava de alguém da família Wentraiub, como o próprio ex-ministro ou o irmão dele, Arthur. Ambos estão nos Estados Unidos

Entretanto, ao ser perguntado sobre o nome do secretário de alfabetização Carlos Nadalim, não houve negativa, mas uma tentativa de desconversar sobre o tema. Bruno Engler segue o secretário nas redes sociais e costuma falar, com certa frequência, sobre adotar o modelo de alfabetização proposto pelo governo federal no ensino público municipal da capital mineira e fez elogios ao programa.

Apesar das conversas e convites iniciados, Engler quer fazer uma reforma administrativa no Executivo e pretende reduzir o número das secretarias municipais. Nesta terça, ele reafirmou o desejo da reforma, mas ressaltou que “é preciso primeiro sentar na cadeira e ver o que efetivamente é necessário e o que pode ser diminuído”, mas considera que o aparato hoje é robusto e deve buscar enxugar a máquina pública.

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