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Eleições em BH: Bruno Engler pretende fazer decreto específico para Feira Hippie
Entre as pautas apresentadas ao candidato estavam a desburocratização e um diálogo melhor entre feirantes e o Poder Executivo da capital
13/10/20 - 18h17
O deputado estadual e candidato à Prefeitura de Belo Horizonte Bruno Engler (PRTB) recebeu na tarde desta terça-feira (13) representantes da Feira de Artes, Artesanato e Produtores de Variedades da avenida Afonso Pena, conhecida como Feira Hippie. Entre as pautas apresentadas ao candidato estavam a desburocratização e um diálogo melhor entre feirantes e o Poder Executivo da capital.
Outra reclamação feita pelos presentes é de que a Feira não tem uma regulamentação própria e, por isso, precisa cumprir determinações como “outra feira qualquer” apesar das especificidades da exposição dominical no centro da cidade.
“Eu acredito que é possível fazer um decreto específico. A Feira Hippie já é tradicional no nosso município desde a década de 70, a gente precisa valorizar esses comerciantes. Acredito que um decreto próprio pode de fato atender às demandas que são específicas da Feira Hippie, que é muito peculiar. Além disso nos foi passada a necessidade de desburocratizar. O estado hoje ele atrapalha demais os comerciantes, os empreendedores da Feira de Artesanato e a gente quer que o estado seja parceiro, com regramento que escute os feirantes e que dê uma liberdade maior para o trabalho. Então acredito que a gente tenha essa possibilidade de fazer o decreto próprio para a Feira Hippie, atendendo as demandas dos feirantes e gerando um ambiente menos burocrático e mais propício ao crescimento econômico da Feira e de BH como um todo”, afirmou Engler após o encontro.
No que diz respeito à desburocratização, Engler quer, também, rever algumas multas e restrições aos feirantes. Foi apresentado ao candidato que os comerciantes não podem contratar funcionários seja para a confecção dos produtos expostos ou para a venda direta nas barracas. Além disso, ausências consecutivas na Feira geram multas iniciais de R$ 700. “Foram muitas as demandas, o fato de que o feirante não pode ter um empregado (é uma delas que chamou a atenção), se ele tivesse (como contratar) ajudaria a gerar emprego no nosso município e fica mais cômodo pra ele. São também diversas regras onde multas pesadas são aplicadas sem o diálogo, sem o entendimento”, enumerou as reivindicações.
Outro ponto abordado foi em relação à segurança de feirantes e visitantes durante a madrugada. Bruno Engler entendeu que esse ponto pode ser melhorado com uma presença da Guarda Municipal, ainda que a função da corporação seja de proteger o patrimônio da capital. “Ali (na Afonso Pena) está cheio de patrimônio público municipal onde a Guarda pode ficar posicionada e aí consegue garantir uma segurança maior para que os feirantes possam agir de maneira tranquila”, projetou.
Um pedido colocado na mesa durante a reunião de quase uma hora de duração foi um possível tombamento da Feira para que futuras mudanças fossem mais rigorosas e precisassem de uma análise que envolvessem mais os expositores. Quanto à essa questão, o candidato afirmou que precisa estudar com calma a proposta para avaliar a viabilidade e os pontos positivos e negativos.
O encontro que ocorreu nesta terça-feira, segundo o candidato, iniciou durante caminhada pela Feira no último domingo (11). De acordo com ele, enquanto cumpria a agenda de campanha, foi procurado pelos representantes do “Movimento 100% Feira” que além dele, pediu uma reunião com outros postulantes ao Executivo de Belo Horizonte.