Eleições em BH: Bruno Engler quer incentivar startups e setor de tecnologia

Além de gravações de materiais ara as redes sociais e reunião com apoiadores, o candidato à Prefeitura de Belo Horizonte Bruno Engler (PRTB) cumpriu agenda nesta terça-feira (20) com o presidente do Sindicato da Indústria de Software e da Tecnologia de Informação do Estado de Minas Gerais (Sindifor) na região Centro-Sul da capital.

No encontro, Fábio Veras de Souza apresentou um programa elaborado pelo sindicato. Uma das questões apresentadas é a falta de infraestrutura da cidade para receber as antenas de 5G. Foi pedido também que o município seja mais atrativo para as empresas e que tenha a disciplina de programação na grade escolar da rede municipal. A falta de mão de obra para o segmento também foi um dos temas tratados.

Após a reunião, que durou cerca de 40 minutos, Engler falou com a reportagem de O TEMPO. Ele avaliou o encontro como “muito bom”. “Eu firmei o compromisso de abraçar essa plataforma, de colocar ela na prefeitura no caso da minha eleição por acreditar que de fato, o desenvolvimento do nosso município passa pelo digital, passa pela informatização e a gente precisa preparar a nossa população para os empregos do futuro, que são os empregos de tecnologia. Então foi uma reunião muito boa, onde eu ouvi um pouco das demandas do setor e o que a gente pode fazer para crescer Belo Horizonte no meio digital”, afirmou.

Questionado sobre o que poderia fazer para a capital crescer no segmento, o candidato do PRTB disse que um dos objetivos é incentivar as startups, inserir a programação na grade extracurricular e criar um ambiente propício para as empresas gerarem emprego e renda. Na visão do postulante ao Executivo, alguns empreendimentos têm escolhido outras cidades em detrimento de Belo Horizonte.

“Eu acho que o principal fator é a desburocratização. Hoje a gente tem uma carga tributária alta, tem uma burocracia alta, é difícil empreender em Belo Horizonte. Ao invés da prefeitura ajudar, ela coloca empecilhos. A gente precisa facilitar, desburocratizar, criar um ambiente propício para negócios, às vezes trabalhar sim com políticas de incentivo, porque é um setor que precisa crescer no nosso município. De fato, criar um ambiente menos burocrático para que haja uma possibilidade maior dessas empresas virem para Belo Horizonte e gerarem impostos, empregos que vão favorecer o crescimento da nossa cidade”, declarou.

Durante a reunião, Engler chegou a citar o exemplo da região do Belvedere e do Vila da Serra, essa última pertencente a Nova Lima, na região metropolitana. Ele pontuou que a região da cidade vizinha tem mais empreendimentos pelo fato da ausência de impostos. “É um cenário muito difícil, mas quando a empresa não está aqui, ela não gera imposto nenhum para Belo Horizonte. Então eu não posso ser leviano, chegar e prometer redução (da quantidade) de impostos ou diminuir (valor dos) impostos porque a gente sabe que vamos encontrar um cenário financeiro difícil. Mas a gente pode estudar, ver onde é possível cortar, políticas de incentivo fiscal porque às vezes é melhor arrecadar menos do que não arrecadar nada porque perdemos empresas para outros municípios”, considerou.

Por fim, Engler avaliou como uma “boa ideia” a proposta apresentada pelo presidente do sindicato de criar um “conselho da tecnologia” no Executivo para servir de suporte em processos licitatórios e às secretarias.