Segurança Pública

Eleições em BH: João Vítor pretende aumentar efetivo da Guarda Municipal

Caso seja eleito, candidato do Cidadania deverá iniciar os chamamentos já no próximo ano, mas o total do reforço vai depender da disponibilidade do Orçamento da capital

Por Sávio Gabriel
Publicado em 06 de outubro de 2020 | 17:30
 
 
 
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Com um efetivo superior a 2 mil agentes, a Guarda Municipal de Belo Horizonte deverá ganhar reforços gradativos em seu quadro a partir do primeiro semestre do próximo ano. É que propõe o deputado estadual João Vítor Xavier (Cidadania), candidato à prefeitura da capital. O postulante pretende iniciar a convocação dos candidatos aprovados no último concurso. Caso todos eles consigam ser convocados e haja disponibilidade no Orçamento da prefeitura, será possível chegar a um total de 4 mil agentes na entidade.                                           

A ampliação do efetivo é um dos pontos que constam no programa de governo do candidato do Cidadania. “Isso tem que ser uma prioridade fundamental para a Prefeitura de Belo Horizonte. Temos guardas municipais há dois anos sem férias, pessoas que estão no ponto de ter problema de saúde por conta disso”, disse, classificando como “desumano” e “insalubre” a forma como os agentes estão sendo tratados na atual gestão.

O candidato admitiu que o chamamento vai ter impacto significativo na folha de pagamento da prefeitura – o salário inicial de um agente da guarda é de pouco mais de R$ 1,8 mil, sem levar em consideração gratificações e adicionais –, mas ressalta que será uma medida necessária. “Claro que isso é um gasto, um custo para a folha de pagamento da prefeitura. Mas é um custo que se faz necessário nesse momento porque a guarda que está aí não está dando mais conta”, reforçou.

O plano de João Vítor é que esses chamamentos comecem já no início de um eventual mandato seu. “Óbvio que precisa ter a máquina na mão para ter acesso a todos os dados, até porque o portal da transparência da prefeitura está longe de ser transparente. Mas tendo a máquina na mão, vamos priorizar, fazer ajuste de contas para que no primeiro semestre a gente já chame uma parte desses excedentes e que possamos dar para o guarda municipal a dignidade que está sendo tirada dele”, pontuou.

Ele ressaltou, no entanto, que não é possível garantir quantos dos aprovados poderão ser chamados ao longo de sua gestão e que isso dependerá da disponibilidade das pessoas e também do caixa da prefeitura.

Bases comunitárias 

Além da ampliação no efetivo, o candidato também defende um aumento das bases comunitárias da guarda municipal. A ideia, segundo explicou, é aumentar a sensação de segurança dos moradores da capital. “A gente quer fazer muito parecido com o que foi feito pela Polícia Militar. As bases móveis de segurança eram a sensação e a realidade de segurança muito fortes. Foi um acerto da PM e a gente tem que aprender com aquilo que dá certo e é bom”, disse.

Nesse cenário, João Vítor afirmou que as bases da PM estão nos grandes corredores da capital e que a ideia é que os equipamentos da guarda sejam instalados nos bairros. “A guarda civil pode fazer o patrulhamento interno nos bairros, ter a base lá, em praças, em corredores de comércio de bairros de BH para dar esse apoio à comunidade”, explica, afirmando que o processo acontecerá na cidade como um todo, nas nove regionais que compõem a capital

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