Educação

Eleições em BH: Lafayette critica sindicatos e propõe escolas cívico-militares

Candidato pelo Republicanos, ele acredita que a queda do Ideb e a não oferta de ensino à distância na capital têm relação com a pressão feita pelas organizações sindicais

Por Thaís Mota
Publicado em 27 de setembro de 2020 | 15:00
 
 
 
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Candidato a prefeito de Belo Horizonte, o deputado federal Lafayette de Andrada (Republicanos) criticou a queda das escolas municipais no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e apontou os sindicatos de professores como responsáveis.

“A situação da educação da rede pública de Belo Horizonte é muito preocupante. Além dessa nota péssima no Ideb, que demonstra que nosso sistema de ensino é precário e faliu, o diagnóstico que eu faço é que isso é fruto dos sindicatos de esquerda comandando a educação da capital. Eles utilizam essa proposta pedagógica da esquerda que é ultrapassada e que no fundo não tem amor ao ensino porque pregam mais a greve e movimentos sindicais do que a valorização do ensino”, afirma. 

Ele propõe a implantação de escolas cívico-militares como forma de melhoria da qualidade da educação “nos moldes que o Governo Federal vem implementando”. “Nós consideramos que as escolas militares são muito bem avaliadas sempre em todos os institutos de avaliação. Por que? Porque ali impera um ambiente de seriedade, um ambiente onde a disciplina e a ordem são valorizados, bem como o respeito aos mestres”, disse.

Lafayette também criticou o fato de que Belo Horizonte não ter oferecido ensino à distância aos estudantes da rede municipal durante a pandemia de coronavírus e, mais uma vez atribuiu postura do Executivo municipal à atuação dos sindicatos. “A decisão de não oferecer ensino remoto na rede pública e proibir agora a rede privada de proibir as escolas têm muito a ver com essa política ideológica dos sindicatos de esquerda. Então, nós temos que remover os sindicatos do comando da educação de Belo Horizonte”. 

Ainda segundo ele, era dever da prefeitura disponibilizar o ensino à distância. “São preocupações distintas: uma é a preocupação de incentivar as mães a aderirem, agora outra coisa é a obrigação do município de oferecer educação remota. Isso não tem o que se discutir, mas não foi feito aqui. Todas as capitais fizeram, e só Belo Horizonte que não”.

Apenas no último dia 9, a prefeitura da capital publicou uma portaria orientando a retomada das aulas à distância para estudantes do último ano do ensino fundamental, mas ainda não há previsão para os demais anos. Já quanto à retomada das aulas presenciais, o Executivo não só proibiu como, na semana passada, anunciou o recolhimento dos alvarás de funcionamento de todas as escolas de BH.

Além da implantação das escolas militares, a proposta de Lafayette de Andrada para a educação passa por parcerias com escolas privadas para ampliação do número de vagas na capital. Isso seria feito por meio de isenções fiscais que incentivariam as instituições privadas a disponibilizarem vagas, enquanto a mensalidade seria custeada pelo poder público. Ele também defende a ampliação da escola em tempo integral em BH.

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