Campanha
Eleições em BH: Nilmário aposta em 'voto petista' de última hora para crescer
O voto de legenda também é uma aposta do candidato para ajudar a chapa de vereadores do partido
29/10/20 - 14h30
Em quinto lugar na pesquisa DataTempo/Quaest publicada pelo jornal O TEMPO na última segunda-feira (26), o candidato pelo PT à Prefeitura de Belo Horizonte, Nilmário Miranda, acredita no seu crescimento na reta final da campanha. Para isso, o ex-ministro dos Direitos Humanos aposta no voto petista de última hora para aumentar os 2% de intenção de votos apontados pelo levantamento. Mesmo com a maior rejeição entre as candidaturas (14%), número também revelado na pesquisa, Nilmário acredita na força da legenda nas urnas.
“As pesquisas mostram que 10% a 12% dos eleitores se declaram simpatizantes ao PT e afirmam votar no partido. Desses, a maioria nem sabia que eu era candidato, agora que estão me reconhecendo. A gente acredita que de última hora muitos desses eleitores, principalmente os que estão indecisos, que sabem o que o PT fez para eles votam 13, porque confiam no nosso projeto”, acredita o petista, mas pondera: “Uma coisa é certa, nós vamos crescer, agora quanto vai ser, isso vai depender dos últimos dias”.
Dentro dessa estratégia, como já informou O TEMPO, Nilmário intensificou as agendas de campanha em locais onde o partido historicamente tem ou já teve base eleitoral forte. Na manhã desta quinta-feira (29), depois de fazer corpo a corpo com trabalhadores da metalúrgica Suggar, no bairro Olhos D'água, região do Barreiro, o petista se deslocou para a Vila Califórnia, região Noroeste de BH. Neste último compromisso, o postulante ao lado da candidata a vice-prefeita Luana de Souza (PT), de candidatos a vereadores e líderes comunitários da região, realizou carreata e relembrou feitos de gestões petistas passadas.
“Aqui (Vila Califórnia) era uma ocupação sem nenhuma urbanização, com um córrego infécto que era quase um canal de esgoto. No governo do Patrus (PT), em 1992, aí administração regional fez a obra de urbanização e transformou aqui em um bairro. Olhando como aqui é hoje, é impossível você imaginar com era antes das obras na gestão Patrus”, destaca.
Segundo o ex-ministro, ele já sente a mundança na recepção das pessoas em comparação com o começo da campanha.
“Até esses dias não existia campanha, as pessoas recebiam com surpresa, manifestações tímidas de apoio e de rejeição, mas de um dia para cá, sobretudo de sábado passado para cá, eu notei uma mudança progressiva. As pessoas chegam na janela, saem na porta. Acho que a corrida está mudando. Essa eleição vai ser surpreendente nos últimos dias”, afirma Nilmário.
O petista, no entanto, afirma que convencer as gerações mais novas é o maior desafio, porque, segundo ele, elas não vivenciaram o processo de mudança nos locais onde ele cumpre agendas.
“Essas obras aqui (Vila Califórnia) foram feitas em 1994, ou seja, já têm 26 anos, muitos jovens não viram isso, pois já nasceram com aqui pronto. Mas seus pais lembram, seus avós, seus tios. Então a gente vem, discute e puxa a memória coletiva sobre essa conquista”, explica Nilmário, mas ressalta:
“Nem Patrus, nem Célio de Castro, nem Pimentel, ninguém foi salvador da pátria, mas foram bons administradores que governaram essa cidade para o povo e com o povo, proporcionando participação popular”
Voto de legenda
Na agenda desta quinta-feira, o candidato pelo PT substituiu o adesivo com seu nome e de sua vice por outro com apenas o número do partido. De acordo com o petista, um dos objetivos da campanha é conquistar o voto de legenda e ajudar a chapa de vereadores.
“Com a quantidade enorme de candidatos a vereadores não é fácil para as pessoas distinguirem e com a pandemia o acesso aos nomes e proposta está restrito. Então apostamos no voto de legenda de forte, porque contando os nominais e os votos no 13 conseguimos eleger um bom número de vereadores”, explica Nilmário.
O PT, que já chegou a eleger seis vereadores em Belo Horizonte, atualmente conta com apenas duas cadeiras no Legislativo municipal. Segundo Nilmário, o objetivo do partido é fazer pelo menos quatro vereadores nesta eleição.