Legislativo

Eleições em BH: PSOL aposta em crescimento da bancada da Câmara Municipal

Partido acredita na reeleição das vereadoras Bella Gonçalves e Cida Falabella e também na eleição de mais candidatas da legenda

Por Thaís Mota
Publicado em 10 de novembro de 2020 | 18:30
 
 
 
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Na última eleição, o PSOL lançou 31 candidatos a vereador em Belo Horizonte, sendo 12 pelo coletivo Muitas, tendo sido eleitas Áurea Carolina (que se elegeu deputada federal em 2018, e foi substituída por Bella Gonçalves) e Cida Falabella. Agora, a expectativa do partido é reeleger as duas parlamentares e aumentar a bancada do partido no Legislativo municipal.

No entanto, em 2016, Áurea Carolina foi a vereadora mais votada da capital mineira, o que ajudou eleger também Cida Falabella - que teve cinco vezes menos votos. Esse ano, porém, com Áurea concorrendo à Prefeitura de BH, isso pode interferir no desempenho da legenda na disputa proporcional.

Mas, segundo Rafael Barros, um dos coordenadores de campanha do PSOL em Belo Horizonte, isso não é uma preocupação. Ele acredita que, ao longo dos últimos quatro anos, outros nomes também já se tornaram conhecidos na capital, o que aumentaria a chance do partido de eleger mais vereadores.

“A gente está com a mesmo volume de candidatos em relação a 2016 (nesse ano, foram 31 candidatos do PSOL concorrendo à Câmara, sendo 12 do coletivo Muitas, do qual Áurea faz parte) e a gente tem candidaturas mais robustas, com maior projeção de voto. Em 2016, a gente teve aquela votação extraordinária da Áurea que ninguém imaginava, mas esse ano a gente já tem candidaturas que vem numa crescente de votações expressivas, tanto na eleição de 2016 quanto na eleição de 2018, com nomes que são bem conhecidos, como da Maria da Consolação que já foi candidata a prefeita e ao governo de Minas”, disse. 

Ele foi além, explicando que a projeção do trabalho feito pelas atuais vereadores e também a campanha de Áurea à prefeitura endossam as demais candidaturas. “A gente tem a perspectiva de reeleger Cida e Bella, pelo trabalho realizado, pela projeção que elas ganharam e pelo reconhecimento da cidade em relação ao trabalho que fizeram. E temos perspectiva em relação a essas demais candidaturas com projeção de votos. Então, a nossa expectativa, somada aí à boa colocação e competitividade da candidatura majoritária, é de a gente aumentar a bancada”, afirma. Mas, ele não se arrisca a falar em números de eleitos.

Ainda sobre a força de Áurea Carolina, demonstrada nas últimas duas eleições, ele atribui também ao projeto apresentado pelo PSOL nas urnas e com os mandatos. E, nesse sentido, o fato de ela não disputar a Câmara não traria impacto negativo ao desempenho da legenda na disputa ao Legislativo.

“A votação que Áurea teve, tanto em 2016 quanto em 2018 em BH, a gente acredita que está muito associada à confiança e à fidelidade a esse projeto que é coletivo. Então, na ausência de Áurea, a sua votação na nossa expectativa tende a migrar para as candidatas que representam a Gabinetona, que foi o projeto que Áurea junto com Cida e Bella construíram, e com outras candidaturas do partido que teriam a capacidade de vocalizar as pautas que Áurea carrega consigo”, avalia o coordenador de campanha.

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