Campanha na rede

Em Contagem, Marília Campos amplia dianteira em ranking de influência digital

Lindomar Gomes fica com segundo lugar após queda brusca de Dr. Wellington

Por Rômulo Almeida
Publicado em 29 de outubro de 2020 | 06:00
 
 
 
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O segundo Índice de Popularidade Digital (IPD) sobre o desempenho de candidatos à Prefeitura de Contagem na internet aponta que Marília Campos (PT) segue na liderança, com 80,66 pontos em uma escala de 0 a 100. A deputada estadual e ex-prefeita, inclusive, ampliou a vantagem em relação ao segundo colocado em comparação com a primeira pesquisa, publicada em 30 de setembro, quando a petista marcou 77,1 pontos. O levantamento é feito pela consultoria Quaest. 

Na primeira pesquisa, a vice-liderança era ocupada pelo vereador Dr. Wellington (Republicanos), que perdeu o lugar para Lindomar Gomes (PMN). A mudança foi provocada mais pelo desempenho ruim de Wellington, que perdeu quase 20 pontos, que pelo sucesso de Lindomar, que perdeu apenas 4,6.

O IPD analisa Twitter, Facebook, Instagram, YouTube, Google e Wikipédia para calcular o desempenho de personalidades e marcas na internet. O levantamento avalia quatro quesitos (fama, engajamento, valência e mobilização) para chegar à pontuação final do candidato. 

Valência.

Marília perde para seus concorrentes apenas em valência, que é a proporção entre reações negativas e positivas nas redes. O professor da UFMG e fundador da Quaest, Felipe Nunes, explica que essa derrota se deve à rejeição ao partido da candidata. 

“Ela só perde em valência porque ela tem um pouco de rejeição por causa do PT, e isso acaba atrapalhando. Mas ela só aumenta a liderança, a força. Conseguir mobilizar, engajar e ter alcance são atributos fundamentais numa eleição com tantos candidatos, então ela acaba aparecendo mais no meio digital”, analisa Felipe. 

Já Lindomar Gomes assumiu a segunda colocação geral por conta de uma queda brusca de Dr. Wellington. Porém, o vereador do Republicanos segue sendo o mais bem avaliado no quesito valência, o que indica, segundo Felipe Nunes, que ele continua com uma boa imagem diante do eleitor. 

Lindomar caiu de 44,2 para 39,54, mas Dr. Wellington teve uma perda ainda maior, de 49,2 a 30,51. O diretor da Quaest relaciona a queda do candidato ao mal desempenho dele na última semana nas redes sociais. 

Vai e vem.

Outro ponto que chama a atenção no levantamento mais atual é o crescimento de Ivayr Soalheiro (PDT) e de Wellington Silveira (PL) se comparado à primeira análise. Esse movimento teria sido provocado por publicações e discursos que agradaram às suas bases. 

“No caso do Ivayr, a mobilização maior girou em torno de posições novas que ele trouxe, em relação ao desconto do IPTU. E, no caso de Wellington Silveira, esse engajamento aumentou por conta de um conteúdo muito específico que se trata da vontade de romper com a velha política. São dois movimentos específicos, mas que agradaram suas bases”, avalia o diretor da consultoria. 

Assim como Dr. Wellington, o deputado estadual Professor Irineu (PSL) perdeu três posições desde o primeiro levantamento, do oitavo para o quinto lugar – as duas quedas mais expressivas. Não mudaram de lugar Coronel Alvear (Cidadania), Alfredo (Patriota), Rosa e Stella (PSOL) – que tiveram a candidatura indeferida pelo TSE – e Maria Lúcia Guedes (PV).

Engajamento e mobilização

Uma das principais mudanças do IPD atual foi a queda de Dr. Wellington (Republicanos). “Ele é  um adversário importante da Marília, mas na última semana teve um desempenho abaixo do que vinha vendo. Mas continua sendo um nome potencialmente bem falado na cidade”, explica Felipe Nunes.

Contribuíram para a queda, segundo Nunes, o número de comentários e curtidas por postagem e o de compartilhamento de publicações. Ele perdeu 0,7 pontos em engajamento e 0,8 em mobilização.

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