Junynho (PSC) é o candidato com mais força nas redes em Ribeirão das Neves

A disputa pela Prefeitura de Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, tem um cenário parecido com a capital, Betim e Contagem. O atual prefeito, Junynho Martins (DEM) – assim como Kalil (PSD), em BH, e Vittorio Medioli (PSD), em Betim –, assume com folga a colocação de candidato mais popular digitalmente dentre os nove que disputam a cadeira do Executivo de Neves neste ano.Isso é que mostra o Índice de Popularidade Digital (IPD), um levantamento realizado pela consultoria Quaest.

A empresa analisa Twitter, Facebook, Instagram, YouTube, Wikipedia e Google para calcular o desempenho digital de personalidades e marcas considerando 153 variáveis.
Ao longo de toda a semana, O TEMPO vem divulgando, em parceria com a Quaest, o ranking dos candidatos mais populares digitalmente de BH e cidades na região metropolitana. 

No caso de Ribeirão das Neves, o atual mandatário desponta, em uma escala de 0 a 100, com 81,5 pontos, enquanto o segundo colocado, o candidato do Avante, Coronel Bianchini. aparece com 35,2 pontos. 

“Os dados do IPD até agora mostram larga vantagem para os atuais prefeitos. Quem já tem a caneta e está resolvendo problemas diariamente tende a ter mais impacto digital, é o que os dados revelam”, afirma Felipe Nunes, professor de ciência política da UFMG e diretor da Quaest. 

O IPD é dividido em quatro dimensões (fama, engajamento, valência e mobilização), e o sucesso de determinado candidato em cada uma explica a pontuação no índice final. No caso de Martins, ele venceu três das quatro dimensões analisadas. Ele conseguiu ser o candidato com maior fama, ou seja, maior número de seguidores, o que mais engaja virtualmente e também o de maior mobilização. 

“Ele é o candidato mais conhecido digitalmente em Neves, mas tem uma certa concorrência com Robinho de Neves (PSL). Ele ganha em seguidores no Instagram, mas perde no Facebook para o candidato do PSL. Ele também lidera em engajamento. Neste caso, com ampla vantagem em relação aos demais. Por exemplo, no Instagram ele teve mais de 7.000 likes na última semana, enquanto o segundo mais bem-colocado nesse quesito, Coronel Bianchini, teve pouco mais de 300 likes”, explica Nunes. 

O atual prefeito só perde em valência, ou seja, no número de comentários e reações positivas às suas postagens. Curiosamente, os candidatos que lideram o IPD das outras cidades analisadas (Alexandre Kalil, na capital, Vittorio Medioli, em Betim, e Marília Campos, em Contagem) também não venceram nessa dimensão. 

“Todos são, ou atuais prefeitos, ou no caso da Marília, ex-prefeita em uma cidade que não terá candidato à reeleição. Naturalmente, são candidatos mais visíveis e com ações mais fiscalizadas pela opinião pública, a tendência é que recebam muito mais críticas e comentários negativos que os demais”, ressalta o pesquisador. 

Cálculo do IPD

Para calcular o IPD, a Quaest considera dados como número de seguidores, comentários por postagem, compartilhamentos e as reações positivas ou negativas. Um modelo estatístico pondera e calcula a importância de cada dimensão. 

Os personagens analisados são, então, colocados em uma escala de 0 a 100, e o índice final é montado para os candidatos. As dimensões também são colocadas em escalas que vão de 0 a 3. O candidato que liderar alguma das dimensões recebe três pontos e proporcionalmente esse número vai decaindo entre os outros candidato conforme a posição.

Além de fazer o ranking da popularidade digital dos políticos, o algoritmo também analisa quais das dimensões explicam o sucesso ou o fracasso em cada uma das redes analisadas.