Eleições em BH

Nilmário aposta em reviravolta na reta final e ainda confia no segundo turno

Mesmo as pesquisas mostrarem o petista em quinto lugar da disputa com apenas 2% dos votos, ele aposta em votos de última hora

Por Franco Malheiro
Publicado em 13 de novembro de 2020 | 18:04
 
 
 
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Restando apenas dois dias para as eleições, o candidato pelo PT à Prefeitura de Belo Horizonte, Nilmário Miranda, ainda acredita que pode chegar ao segundo turno do pleito. O petista está em quinto lugar com 2 % das intenções de voto, como aponta a pesquisa DataTempo/Quaest publicada nessa quinta-feira (12) pelo jornal O TEMPO. No entanto, o candidato voltou a apostar no que ele chama de “voto petista de última hora”, na influência do ex-presidente Lula e também na possibilidade de uma discrepância entre as pesquisas e o resultado final das urnas. 

“Eu já vivi essa experiência mais de uma vez. Na eleição do Patrus em 1992 foi assim, aquele susto que o Virgílio deu no Pimenta da Veiga em 1988, eu próprio em 2002 candidato a governador, mesmo perdendo eu  tive mais que o dobro de votos do que as pesquisas apontavam na véspera. Então, isso mostra que o PT é um partido de chegada, que tem essa tradição de crescer no último momento. Então temos que apostar nisso”, acredita Nilmário. 

A maior aposta do candidato está, segundo ele, no eleitorado que tradicionalmente já foi do partido, mas que nessa eleição ainda está indeciso. O petista acredita que durante o sábado -véspera da eleição - votos ainda podem virar.  

“Sábado as famílias costumam se encontrar para almoçr e nesses encontros se uma pessoa estiver tendendo a votar em nós, ela pode virar o voto da família inteira. Isso é importante para a chapa de vereadores também. Boa parte do eleitorado para vereador só define no sábado, as vezes só no domingo”, ressaltou.

A tendência, porém, conforme também apontam as pesquisas, é que Alexandre Kalil (PSD) seja reeleito ainda no primeiro turno. 

Disputa no segundo turno

Caso a análise esteja correta e o petista consiga chegar ao segundo turno, ele afirma que haverá uma união entre os partidos do campo progressista em torno de sua candidatura. Aliança essa que o candidato garante também, caso o lugar seja ocupado pela candidata do PSOL, Áurea Carolina. A deputada federal está na frente de Nilmário e em terceiro lugar na disputa, conforme mostram as pesquisas. 

“Várias coisas dificultaram a aliança de esquerda no primeiro turno, mas ficou já quase acertada uma grande aliança no segundo turno, para além inclusive dos partidos propriamente de esquerda. Inclusive vamos buscar partidos progressistas que estão em outras candidaturas, como é o caso do PSB que está na base do João Vítor Xavier, mas isso é debatido depois”, afirmou Nilmário.

O candidato aproveitou para explicar os motivos pelos quais essa união não aconteceu já no primeiro turno.

“Nós tentamos unificar no ínicio mas os  interesses, que eram legítimos, de cada partido não permitiram. O PT está se recuperando de um período que viveu um certo afastamento de suas bases sociais e está se organizando e por isso era importante ter candidatura própria, eleger vereadores, aumentar bancada e assim vale para todos. Nenhum partido errou e nem foi ilegítimo na escolha de candidatura própria”, defendeu o petista.

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