Eleições em BH

Nilmário diz que campanha foi boa para 'remergulhar' na realidade social de BH

O petista contou que retornou a locais da cidade que não visita há muito tempo e que retomar esse diálogo com a população foi positivo

Por Franco Malheiro
Publicado em 13 de novembro de 2020 | 17:20
 
 
 
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Durante o período da campanha, Nilmário Miranda (PT) repetiu algumas vezes para a reportagem de O TEMPO que até o começo deste ano (2020), ser candidato a prefeito de Belo Horizonte não estava em seus planos, mas que ao ser convidado pelo partido resolveu aceitar o desafio. Passados os dois meses de campanha, depois de ter sido escolhido pelo PT em disputa interna tensa, como racha entre os quadros, o ex-ministro dos Direitos Humanos se diz satisfeito com o processo todo, independente do resultado do domingo (15).

“Uma coisa é saber, outra coisa é sentir. Então, ter a oportunidade de encontrar as pessoas, ouvir delas suas necessidades, remergulhar nessa realidade para além do conhecimento teórico que a gente possa ter. Isso é sempre muito positivo e foi sempre o que me encantou em todas as campanhas que já participei na vida. A desse ano foi desafiadora, em contexto de pandemia, mas eu gostei de ter participado, independente do resultado”, avaliou Nilmário. 

Ex-ministro e ex-secretário de Estado dos Direitos Humano, além de extensa carreira parlamentar -- com um mandato na Assembleia Legislativa de Minas Gerais  e quatro na Câmara Federal --, Nilmário, nos últimos dois anos, estava afastado da vida pública e da base eleitoral do PT.  Para ele, na campanha, um dos pontos positivos, foi poder voltar a lugares da cidade que há muito tempo ele não visitava e também dialogar novamente com a população e com o eleitorado. 

“Tem lugares que eu não ia há muito tempo, porque o que eu estava fazendo não implicava visitar esses lugares. É bom mergulhar de novo nessa vida de Belo Horizonte, nessa diversidade toda que a cidade possui. Para mim, como um defensor ferrenho dos Direitos Humanos, é importante poder ver de perto a desigualdade e conversar com as pessoas para ouvir o que elas precisam”, disse o candidato. 

Questionado sobre o que o levou a colocar seu nome na disputa interna do PT, o ex-ministro afirmou que foi pela “possibilidade de ajudar o partido a reconquistar sua base social”. 

“Eu aceitei ser candidato porque eu tenho essa formação de não associar a eleição a só vitória eleitoral. Eu sou um construtor desse partido há 40 anos e nós tivemos governos aqui em Belo Horizonte importantes e era importante resgatar todo esse histórico, esse legado e essa memória coletiva. Todas essas ideias me seduziram a aceitar ser candidato e a querer também ser candidato”, explicou Nilmário. 

Sobre projetos para eleições futuras, caso saia derrotado do pleito deste ano, o petista preferiu “deixar a conversa para segunda-feira”. 

“Vamos esperar. Vamos dar tempo ao tempo, deixar as coisas acontecerem. Tudo é construído, tem resultado ainda para sair e ser avaliado. Mas, olha aqui, eu acredito que podemos ter boas surpresas domingo” , concluiu. 

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