Redes sociais

Vittorio dispara como o candidato a prefeito de Betim com mais força na internet

Maria do Carmo assumiu a segunda posição, e Dr. Xaropinho teve uma queda brusca, parando na última colocação do Índice de Popularidade Digital (IPD)

Publicado em 30 de outubro de 2020 | 05:00

 
 
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O atual prefeito de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, e candidato à reeleição, Vittorio Medioli (PSD), disparou na primeira colocação como o postulante com mais força nas redes sociais, conforme o Índice de Popularidade Digital (IPD), do instituto de pesquisas Quaest. Em uma escala de 0 a 100, o político tem atualmente 89,06 nesse parâmetro (veja infográfico abaixo) – ele tinha 76,84 pontos.

Com aproximadamente 120 mil seguidores, somando o Facebook, Twitter e Instagram, Medioli tem pontuação máxima nos outros quatro índices: fama (público total nas redes), engajamento (volume de reações e comentários ponderado por número de postagens), valência (proporção entre reações positivas e negativas) e mobilização (compartilhamentos de conteúdos).

De acordo com o cientista político e fundador do Quaest, Felipe Nunes, esse crescimento do prefeito se deve principalmente ao fato de que suas publicações chegam a cada vez mais gente. "Ele tem hoje o desempenho, comparativamente aos seus adversários, muito bom. Ele lidera em todas as dimensões. Esse crescimento do Vittorio se deve ao fato de que a mobilização dele cresceu muito. Ou seja, a sua base e a sua militância estão conseguindo fazer com que seus conteúdos cheguem a mais pessoas de maneira espontânea", explicou.

Uma tendência que começa a se desenhar também é a relação entre o IPD e as próprias pesquisas eleitorais, como a DataTempo/Quaest, que mostra Vittorio na primeira colocação com 57,5% das intenções de voto, seguido de Maria do Carmo (PT), com 14,7% – como é possível ver no gráfico, ela é a segunda em força na internet. Veja:

 

Um fato que chamou a atenção foi a queda brusca do candidato à prefeitura de Betim Dr. Xaropinho (MDB). No último levantamento, publicado por O TEMPO há cerca de um mês, ele era o segundo colocado no ranking, ganhando até mesmo do atual mandatário em índices como valência e mobilidade. No entanto, ele caiu para a última posição, perdendo pontos em todos os aspectos, principalmente no IPD, que teve diminuição de 66,1%.

Ao que parece, de acordo com Felipe Nunes, o médico abandonou sua estratégia digital. "É um caso clássico de candidato desconhecido na cidade mas que vinha obtendo um desempenho na sua base eleitoral muito positivo. Ou seja, ele sempre teve fama baixa, e continua tendo, mas ele tinha um nível de engajamento, de valência e principalmente de mobilização muito altos", afirmou.

"O Xaropinho claramente abandonou a sua estratégia digital, porque ele não está nem publicando mais muitos conteúdos e está deixando de criar interação com sua base", concluiu o cientista político.

IPD

O IPD é uma ferramenta elaborada pelo cientista político e fundador do Instituto de pesquisas Quaest, Felipe Nunes, que mede, a partir da análise de seis plataformas digitais (Twitter, Facebook, Instagram, YouTube, Wikipedia e Google), o desempenho digital de personalidades e marcas.

Para calcular o IPD dos candidatos, bem como as quatro dimensões, a Quaest considera dados como número de seguidores, quantidade de comentários por postagem, os compartilhamentos das postagens e as reações positivas ou negativas às publicações.

As dimensões também são colocadas em escalas que vão de 0 a 3. O candidato que liderar alguma das dimensões recebe três pontos e proporcionalmente esse número irá decaindo entre os outros candidatos conforme a posição.

Um modelo estatístico pondera e calcula a importância de cada dimensão; os personagens analisados são, então, colocados numa escala de 0 a 100 e o índice final é montado. Além de fazer o ranking da popularidade digital dos políticos, o algoritmo também analisa quais das dimensões explicam o sucesso ou o fracasso em cada uma das redes analisadas.