Wendel Mesquita propõe trocar dívidas de hospitais por prestação de serviços

Um histórico desafio dos candidatos a prefeito de Belo Horizonte é melhorar o atendimento na rede municipal de saúde, o que ficou mais nítido com a pandemia do novo coronavírus.

Para tentar equacionar essa questão, uma das propostas do candidato a prefeito pelo Solidariedade, Wendel Mesquita, é a criação do Hospital para Todos. Segundo ele, a iniciativa consiste em estabelecer convênios com hospitais particulares para que pessoas que necessitam de consultas especializadas ou de cirurgias eletivas sejam atendidas em horários alternativos.

Mesquita afirmou que, para viabilizar o projeto, pretende transformar as dívidas tributárias dos hospitais particulares com a prefeitura em prestação de serviço para a população.

“Só o Hospital Belo Horizonte deve à prefeitura R$ 40 milhões  Impostos sobre Serviços (ISS). Vamos fazer com que esse pagamento da dívida se transforme em serviço prestado para a sociedade. Eu já me sentei com o sindicato dos hospitais de Belo Horizonte e é algo que eles querem e é possível de fazer sem onerar o caixa da prefeitura”, explicou. 

Outra iniciativa, segundo informou o candidato do Solidariedade, é retomar a parceria público-privada (PPP) proposta na gestão do ex-prefeito Marcio Lacerda para melhorar as unidades de saúde da capital.

“Temos vários centros de saúde em situação precária. Cito um na região Noroeste, no bairro Jardim Alvorada. Há várias promessas de uma nova unidade que até hoje não foi construída”, ressaltou.

De acordo com Mesquita, a PPP também vai ampliar o atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA). “Vamos construir a nova UPA Pampulha. O projeto está pronto desde o governo do Marcio e, onde é a UPA Pampulha, vamos transformar em centro de especialidades médicas, porque a Pampulha é a única região de Belo Horizonte que não tem um”, afirmou.

O candidato a prefeito disse ainda que pretende criar um modelo tecnológico para reunir as informações de cada paciente em um único sistema. “Não tem condição um agente comunitário de saúde, um agente de endemia ir lá e transcrever todas as informações em papel. Também vamos fazer um prontuário eletrônico integrado com o Governo do Estado. Assim, se o cidadão for numa unidade municipal ou numa unidade da rede Fhemig, o médico terá ali todo o histórico do paciente forma eletrônica”, ressaltou.

A valorização dos profissionais da área da saúde é outro compromisso assumido por Mesquita, caso seja eleito. “É um absurdo que os agentes de saúde continuem com os salários que eles têm. Precisamos melhorar, não só a questão salarial, mas as condições de trabalho”, destacou.