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Especial Mineroduto

Casa queimada e malpaga

Em 2011, Arilson, a esposa, Josenilda, os filhos Alice e Arilson viram a casa construída pelo próprio agricultor ser consumida em chamas

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PUBLICADO EM 27/03/14 - 03h00

A boneca preferida de Alice, na época com 11 anos. Os retratos daquele tempo antigo, que não volta mais. Uma vida de lembranças apagada num incêndio provocado por um curto-circuito, provavelmente devido à alta-tensão das máquinas usadas na construção da estação de bombeamento da Anglo American em Vinhático, distrito de Tombos, na Zona da Mata. “Minha história se queimou”, conta o agricultor Adilson Lazzaroni, de 51 anos.

Em 2011, ele, a esposa, Josenilda, os filhos Alice e Arilson viram a casa construída pelo próprio agricultor ser consumida em chamas. “Não foi por falta de aviso, três dias antes eu chamei os funcionários pra mostrar que tudo balançava quando as máquinas passavam e meu teto estava até soltando telhas, mas não adiantou”, lamenta Adilson.

A Anglo fez um acordo e pagou R$ 90 mil para a família, dois anos depois do acontecido. Com o valor, ele comprou uma casa na cidade, em Tombos. “Não gosto daquilo lá de jeito nenhum”, conta Adilson, que todos os dias caminha cerca de 5 km da cidade até Vinhático, onde trabalha na roça. “Dinheiro nenhum paga minhas lembranças”, conta o agricultor, que pretende construir outra casa na roça. “Quando vimos a casa se queimando, acabou-se o mundo. Minha mulher tem depressão, e eu ganho pouco e gasto quase tudo com remédios”, conta.

 

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