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Chikungunya

Mais 4 militares que voltaram do Haiti podem ter contraído vírus

Dois soldados com Chikungunya são de Campinas, diz Vigilância em Saúde; apesar de considerar fato pontual, município está preparando profissionais

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Novo vírus
Amostras do mosquito que transmite chikungunya: sintomas da dengue são os mesmos
PUBLICADO EM 10/06/14 - 14h31

O Ministério da Defesa informou nesta terça-feira (10) que mais quatro militares que voltaram da missão de paz no Haiti, na semana passada, podem ter contraído o Chikungunya, uma espécie semelhante ao vírus da dengue.

De acordo com o órgão, dos 12 casos suspeitos, seis se confirmaram, dois foram descartados e os demais ainda estão sendo investigados. Os resultados devem sair nesta sexta-feira (13). Dois soldados que estão com a doença são moradores de Campinas (SP).

Segundo a diretora da Vigilância em Saúde de Campinas, Brigina Kemp, como entre os militares confirmados com o vírus há moradores da cidade, o município foi notificado sobre dois casos importados de Chikungunya e iniciou um trabalho de identificação de áreas de risco e controle de vetores no entorno do Batalhão de Logística do Exército, local onde eles permaneceram após o retorno ao Brasil. "No entanto, eles não circularam em áreas públicas, ficaram apenas isolados e depois, foram levados para São Paulo", explica.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, os seis militares permanecem em tratamento no local desde domingo (8), mas o quadro deles é bom. Por precaução, segundo a pasta, também foram realizadas ações de contenção e nebulização no Hospital Militar de Área de São Paulo. O governo estadual informou, por meio de nota, que as infecções foram confirmadas por um laudo do Instituto Adolfo Lutz.

Apesar de considerar a situação pontual, a Vigilância em Saúde de Campinas está realizando treinamentos com os profissionais da área médica. "Esses casos foram restritos e estão contidos, mas estamos capacitando os profissionais para evitar e tratar se acontecerem outros", destaca a diretora.

O Ministério da Defesa afirma que todos os protocolos de higiene e limpeza na base em Porto Príncipe foram seguidos e que os contaminados poderiam estar em patrulhamento em áreas distantes. Além disso, informa que todos os procedimentos necessários após o desembarque de uma missão de paz internacional foram executados. O órgão disse ainda que os militares que contraíram a doença passam bem, mas não participarão de nenhuma ação durante a Copa do Mundo.

Doença importada

Esta é a segunda vez que o estado registra casos da doença importada de outros países. Segundo a Secretaria de Saúde, em 2010, dois casos importados foram detectados em viajantes brasileiros procedentes do Sudeste Asiático.

O vírus, segundo a Saúde, é transmitido pelo mesmo mosquito da dengue, o Aedes aegypti, e pelo Aedes albopictus. Os sintomas da doença, ainda de acordo com a pasta, são semelhantes aos da dengue (febre, dores no corpo e no fundo dos olhos, manchas vermelhas pelo corpo e dores nas articulações). A evolução da doença pode desencadear artrite e sequelas permanentes. Assim como na dengue, não há tratamento específico, apenas para atenuar os sintomas.

Dengue em Campinas

A mobilização e a desmobilização das tropas que trabalharam no Haiti do final de 2013 até este mês ocorreu em Campinas, cidade que vive a maior epidemia de dengue da sua história. De acordo com o último balanço divulgado pela Saúde local há duas semanas, 29,5 mil casos confirmados da doença, que é transmitida pelo mesmo mosquito que a Chikungunya.

Os soldados que partiparam da missão de paz na capital Porto Príncipe começaram a retornar a Campinas (SP) em 29 de maio, depois de seis meses na ação. O efetivo do Exército no Haiti é de 1,2 mil homens e, do atual contignente, a maioria era da cidade do interior paulista. O contingente é substituído semestralmente.

 

Rádio Super

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