A chegada do ponteiro Leal ao Sada Cruzeiro, em 2012, era uma aposta em potencial. Ainda que grande promessa do voleibol cubano, tratava-se de um jogador que vinha de dois anos sem atuar profissionalmente, período imposto aos atletas que optam por sair de Cuba.

Para a sorte do torcedor cruzeirense e de Leal, em Belo Horizonte, o caribenho encontrou o mestre perfeito para moldá-lo da maneira correta e fazê-lo evoluir. Com Marcelo Mendez, Leal deixou de ser uma possível estrela para confirmar a expectativa que caía sobre ele.

Neste domingo, o gringo ajudou o time celeste na conquista do terceiro título do Mundial de Clubes. O jogador, que esteve envolvido nas três campanhas históricas, também esteve entre os destaques do campeonato nas três oportunidades. Em 2013, foi o melhor ponteiro, assim como em 2016; no ano passado, foi o grande jogador da competição.

Sonho realizado para quem afirma que já esperava viver esses momentos há quatro anos, quando chegou. "Esperava. Sempre fui um bom jogador. Tenho boa capacidade jogando vôlei, né? Mas aprendi muito com o professor Marcelo Mendez. Ele me ensinou muitas coisas que estão dando certo agora. Meu nível aumentou muito aqui, assim como o nível do nosso time. Estou muito feliz com o nível do nosso time. Mas ainda não acabou", garante o ponteiro.

Na decisão de 2016, ele só não superou em pontos o oposto Evandro, que anotou 14 acertos, um a mais que o ponta cubano. Leal conseguiu 11 pontos em ataques e dois em saques.

Com jogadores de tamanha qualidade no plantel e vivendo sua melhor fase, difícil dizer quando o Sada irá parar de conquistar.

"Não sei (quando o Sada irá parar de ganhar). É difícil ficar sempre no topo, mas temos que trabalhar. Aconteceu o título, todos estão felizes, mas temos que trabalhar. Não nos cansamos", cobra o jogador, que esteve dez vezes na lista de melhores de um campeonato até aqui, nas cinco temporadas pelo time celeste.