"Seguir a vida, cada vez mais comprometido com o trabalho, é uma maneira de honrar o que nossos amigos foram fazer naquela noite. Fazer bem feito os agrada, onde quer que eles estejam"
Diego Moraes
Repórter da TV Globo e amigo de Guilherme Marques, Ari Júnior e Guilherme Van der Laars

Chapecoense

A paixão

Se pudéssemos escolher apenas uma palavra para definir o sentimento que move o jornalismo esportivo, a paixão, com certeza, seria a mais adequada e realista

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As mortes
Estes foram os profissionais da imprensa que morreram no desastre da Chapecoense
PUBLICADO EM 29/11/17 - 11h00

Diante das dificuldades desta profissão, o amor por um clube, por uma modalidade e a admiração por atletas que fizeram história nos conduzem ao exercício diário do jornalismo, de maneira incansável e prazerosa.

No dia 27 de novembro do ano passado, a Chapecoense iniciava a viagem para o jogo mais importante da sua história – a final da Copa Sul-Americana diante do Atlético Nacional-COL, em Medellín. Era um momento de glória para um clube ainda tão jovem, que movimentou a cobertura esportiva e despertou uma simpatia coletiva pelo time catarinense. O Brasil todo torcia para a Chape naquele momento, e, a bordo do LaMia, 21 grandes profissionais estavam prontos para contar essa história, em palavras, imagem, som e emoção.

Na viagem para Medellín, as histórias de 21 uma vidas se entrelaçaram. Alguns colocavam em seu currículo mais uma grande cobertura, enquanto outros faziam, pela primeira vez, a viagem mais significativa de suas carreiras. Era o dia de a Chape fazer história e disputar pela primeira vez uma final internacional, dia de ligar os microfones, preparar as câmeras, os computadores e levar uma chuva de informações à Santa Catarina e ao Brasil. No entanto, as imagens não chegaram, o som não saiu e as palavras não foram escritas.

Naquele trágico 29 de novembro, 21 profissionais deixaram de fazer o seu trabalho de dar notícia para se tornarem personagens dela. A notícia mais triste e inesperada que pudesse vir de Medellín. Uma notícia que ninguém queria ouvir e que ninguém queria contar.

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“As viagens diminuíram. O nosso repórter tem ido, mas nas viagens mais próximas, como Rio de Janeiro e São Paulo. Tem sido um ano de readequações para nós”
Fábio Schardong
coordenador de jornalismo da Rádio Chapecó

Uma crônica que precisa se reerguer

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Rádio Chapecó
Rádio Chapecó também precisa se reerguer
PUBLICADO EM 29/11/17 - 11h29

Não é nenhum exagero dizer que a história da crônica esportiva em Chapecó está ligada diretamente à evolução da Chapecoense no cenário nacional. Antes mesmo de disputar uma divisão nacional, a equipe catarinense acumulava admiradores e, consequentemente, alimentava o desejo pela busca de informações sobre o time, a associação no geral e tudo o que a cercava.

Dos 21 jornalistas credenciados para a cobertura de Atlético Nacional-COL e Chapecoense, 11 faziam parte da imprensa local, sendo seis de rádio, quatro de TV e um de internet. Deles, apenas Rafael Henzel, narrador da Rádio Oeste Capital, retornou com vida para a casa. Hoje, um ano após o acidente, ele segue trabalhando na mesma rádio e acredita que a continuidade do serviço é uma maneira de homenagear aqueles que se foram.

"Eu sempre acompanhei a Chapecoense. Desde a Série D e antes mesmo de o time disputar alguma das divisões do Brasileiro. Eu já fui para muitas cidades do interior para fazer jogos.

Digamos que eu cresci profissionalmente com o crescimento da Chapecoense. Eu já narrava os jogos e era uma missão minha continuar depois do acidente, nem me passou pela cabeça deixar de fazer as coisas que eu fazia no dia 27 de novembro", revela Henzel.

Acostumado a viajar com, pelo menos, mais três equipes para cobrir a Chapecoense fora do estado, Henzel é hoje figura solitária quando se trata da Chape longe da Arena Condá.

"Eu sou o único jornalista nas viagens ultimamente e íamos todos. As próprias emissoras tiveram que se adaptar. Nós viajávamos em quatro equipes. Não gosto de falar de números, mas perdemos 20 jornalistas, de TV, jornal, internet e morreram 19 jogadores. Foram mais gente da imprensa do que atletas, por exemplo. Meu objetivo é lembrar sempre de todos. Nas palestras que eu dou, no trabalho, eu sempre acho que estou falando por eles", conta.

Acostumada a viajar com equipe completa em todos os jogos da Chape, a Rádio Chapecó, que perdeu no acidente o repórter Douglas Dorneles e o narrador Fernando Doesse, já se planeja para 2018, uma vez que não pôde repetir as coberturas neste ano.

“As viagens diminuíram. O nosso repórter tem ido, mas nas viagens mais próximas, como Rio de Janeiro e São Paulo. Tem sido um ano de readequações para nós. Sempre viajamos com narrador e repórter, às vezes até com comentarista. A tendência é voltar no ano que vem. Vamos sentar depois da última rodada do Brasileiro e definir o planejamento”, afirma o coordenador de jornalismo e membro da equipe de esportes da rádio, Fábio Schardong.

Outra rádio a sofrer perdas foi Super Condá. A bordo do LaMia estavam o narrador Gelson Galiotto e o repórter Edson Picolé. Jacir Biavatti, da Ric TV e da Rádio Vang FM era comentarista esportivo da TV há apenas quatro meses e viajou para fazer a cobertura pela rádio. 

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“A única coisa que não falo mais é sobre o acidente. É pesado, ficou para trás”
Rafael Henzel
Repórter sobrevivente

Um em 21: Henzel, o único sobrevivente

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PUBLICADO EM 29/11/17 - 11h41

Quando o narrador Rafael Henzel embarcou no LaMia, partindo de São Paulo para Medellín, ele jamais poderia imaginar que sua vida mudaria totalmente e para sempre. Nascido no dia 25 de agosto de 1973, Henzel adota, agora, uma segunda data, a do seu renascimento.

No dia 29 de novembro do ano passado, ele era resgatado dos destroços do avião, no qual outras 71 uma pessoas haviam perdido suas vidas. Foram dias na UTI em Medellín, misturados à ansiedade de querer rever o filho e em meio à dor de ter perdidos amigos na tragédia que Henzel fez a promessa de retornar à narração.

“Eu sempre acompanhei a Chapecoense. Desde a Série D e antes mesmo de o time disputar alguma das divisões do Brasileiro. Eu me programei para voltar a trabalhar, no máximo, 40 dias depois do acidente. Dentro da minha humildade, da minha 'pequenês', a ideia era não deixar a chama se apagar, eu tinha que manter a força na minha voz para fazer as pessoas acreditarem e também voltarem ao estádio”, explica Henzel.

Com toda a repercussão depois do acidente, Henzel recebeu diversas propostas para atuar em grandes centros, mas optou por seguir em Chapecó para ficar perto do filho e da família.

“A minha principal mudança depois do acidente foi justamente não mudar nada. Tive muitos convites para sair de Chapecó, para ir para um grande centro, para o sudeste, mas eu não quis. Quis continuar com a minha vida, na minha casa, jogar video-game com meu filho. Eu continuei a minha vida, por mais que o mundo tenha olhado para mim e para os demais, eu segui minha vida normalmente. A mina força se estabeleceu no meu trabalho e minha reconstrução foi através do meu trabalho e do apoio das pessoas e não poderia sair de Chapecó”, completa.

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Um em 21: Henzel, o único sobrevivente
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“O sonho do Guilherme era ouvir o Galvão Bueno chamando o nome dele antes de uma transmissão e ele realizou esse sonho na Olimpíada”
Diego Moraes
Repórter da TV Globo

Um jovem talento que tratava suas coberturas como troféus

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Guilherme Marques
Guilherme Marques começava a aparecer mais na grade do Sportv
PUBLICADO EM 29/11/17 - 11h56

O rosto do jovem Guilherme Marques ganhava cada vez mais espaço na tela da TV Globo. Aos 28 anos, ele vinha crescendo na emissora, onde começou ainda como estagiário. Meses antes de embarcar no LaMia, Guilherme havia feito a cobertura do vôlei de praia nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e realizou um dos seus maiores sonhos: dividir a tela com Galvão Bueno.

“Tive a oportunidade de conhecer a mãe do Guilherme depois do acidente e ela contou que o sonho dele era ouvir o Galvão Bueno chamando o nome dele antes de uma transmissão. Ele realizou esse sonho e foi muito legal. Ele sempre teve muito tesão no jornalismo. No quarto dele há várias credenciais de todos os eventos que ele participou e cobriu. Ele pendurou tudo no quarto dele, como se fossem troféus, eram as medalhas do Guilherme”, relembra Diego Moraes, colega de emissora de Guilherme.

Diego e Guilherme começaram juntos na TV Globo, primeiro em um estágio e depois como repórteres da emissora, sendo os dois os mais novos da redação até então.Além de Guilherme Marques, a TV Globo tinha no avião o produtor Guilherme Van der Laars e o repórter cinematográfico Ari Júnior.

“Os três eram profissionais muito competentes e é difícil falar sobre esse assunto. Na verdade, a gente só quer lembrar das partes boas que vivemos com eles. Hoje, de uma certa forma, acho que seguir a vida, cada vez mais comprometido com o trabalho, a gente honra o que nossos amigos foram fazer naquela noite. Fazer bem feito os agrada, onde quer que eles estejam”, projeta Diego Moraes.

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“Deva tinha pouquíssimos bordões porque o gol não precisava ser igual ao gol narrado anteriormente. Ele fazia com que o gol fosse um momento especial”
Mário Marra
comentarista da rádio CBN e amigo de Deva

Que o espírito de Condá esteja com você, Deva Pascovicci

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Deva
Deva ao lado de Mário Marra, seu grande amigo
PUBLICADO EM 29/11/17 - 12h01

"Que o Índio Condá fique lá embaixo da trave agora. Que o espírito de Condá esteja junto com você agora, Danilo". Essas foram as frases de Deva Pascovicci que imortalizaram a defesa de Danilo no minuto final da partida contra o San Lorenzo-ARG. Com o pé, o goleiro da Chape garantia à classificação da equipe à primeira final de uma competição internacional, de um jogo que nunca aconteceu.

Um dos locutores mais tradicionais de São Paulo, Deva havia voltado à TV exatamente no ano passado, depois de passar onze anos na Rádio CBN-SP. Nos longos anos de carreira conquistou o respeito a admiração de vários colegas e passava como ninguém a emoção de uma partida, sempre com o seguinte bordão de abertura, o tradicional “prepare-se”.

Natural de Belo Horizonte, o comentarista Mário Marra foi uma indicação de Deva Pascovicci à cúpula da rádio em São Paulo. “Ele sempre foi uma pessoa muito atenciosa, muito cuidadosa e muito preocupada com o trabalho. Trabalhava como narrador da Fox e cuidando da rádio que ele tinha em São José do Rio Preto. Ele a deixou como legado a rádio. A rádio funciona ainda, as pessoas o adoram lá e vão fazer muitas homenagens no dia 29. Hoje é admimistrada pela esposa e pela filha do Deva, conta Mário Marra.

Além de Deva Pascovicci, a Fox Sports ainda perdeu no voo o repórter Victorino Chermont, o coordenador de transmissões externas, Lilácio Pereira Júnior, o repórter cinematográfico rodrigo Santana e os comentaristas Mário Sérgio e Paulo Júlio Clement.

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"Na nossa própria jornada, o intervalo quem chama é o Renan. A vida toda ele fez os nossos intervalos. É o mínimo que podemos fazer por uma pessoa que nos ajudou tanto”
Rafael Henzel
Sobrevivente e amigo de Renan Agnolin

Renan Agnolin: a voz que segue ecoando por Santa Catarina

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Renan Agnolin
Renan Agnolin continua presente no dia a dia do rádio de Chapecó
PUBLICADO EM 29/11/17 - 12h15

“Se você está emocionado, Rafael, eu também estou. A gente acompanha todos os dias a Chapecoense e é legal (ver a Chape se classificar à final da Sul-Americana)”. Foi com a voz embargada e com um choro de satisfação ao final de sua frase que o repórter Renan Agnolin descreveu o que sentia ao ver a Chape fazer história diante do San Lorenzo, nas ondas da Rádio Oeste Capital de Chapecó, ao lado do parceiro de trabalho e amigo Rafael Henzel – único sobrevivente do acidente.

Renan saiu de Erechim-RS aos 17 anos para estudar jornalismo em Chapecó. Além do trabalho de repórter na Rádio Oeste, ele era âncora do programa esportivo na RIC TV (Record de Chapecó). Mesmo jovem, já tinha passado por outros veículos da cidade e cresceu profissionalmente junto com a ascensão da Chape, como relembra Rangel Agnolin, irmão de Renan.

“Desde sempre a minha família esteve ligada ao esporte. Eu e meu irmão fomos estimulados pelo meu pai a praticar esporte e acabamos acompanhando as coberturas esportivas pelo rádio e pela TV. O Renan acompanhou o crescimento da Chapecoense da Série D à Serie A. Estava presente quando a equipe quase foi rebaixada no catarinense. Ele também encabeçou um projeto grande com o Rafael Henzel”, conta Rangel.

Renan estava sentado ao lado de Rafael Henzel no LaMia, mas ao contrário do amigo, não retornou com vida a Chapecó. Renan e Rafael criaram uma relação de amizade, que ultrapassava o fato de dividirem os microfones nas transmissões. Ao retornar aos trabalhos na Rádio Oeste Capital, Henzel encontrou uma maneira de homenagear o repórter e amigo.

Quem escuta as transmissões esportivas no veículo ainda pode ouvir a voz de Renan Agnolin chamando o intervalo de jogo, em um áudio recuperado. “Tá começando o intervalo de jogo aqui na Equipe Clássico”, ecoa a voz de Renan a cada transmissão.

“A vida toda ele fez os nossos intervalos. Ele abre com as palavras que ele utilizava antigamente. Conseguimos uma gravação que o coloca na transmissão, pedimos autorização à família e a utilizamos. É o mínimo que podemos fazer por uma pessoa que nos ajudou tanto”, revela Rafael Henzel.

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"Aprendi com ele a ser profissional, aprendi o que fazer e, principalmente, o que não fazer"
Vinícius Farfus
Repórter cinematográfico da RBS

Giovane Klein segue vivo nas cartas de Isabella

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Giovane Klein
Giovane Klein ao lado da namorada, Isabella Fernandez
PUBLICADO EM 29/11/17 - 12h24

O grupo RBS perdeu de uma só vez cinco profissionais no desastre do LaMia. Entre eles estava o repórter Giovane Klein, que aos poucos vinha ganhando projeção nacional, assim como a própria Chapecoense. Um domingo antes da tragédia, Klein entrou em rede no Esporte Espetacular para mostrar um pouco mais daquela Chape que ganhava a simpatia de torcedores Brasil afora.

Klein era uma espécie de faz tudo na RBS. Além do esporte, também era responsável pelas principais matérias de gerais de Chapecó. Ao lado da também jornalista e namorada Isabella Fernandez, protagonizou um quadro chamado "Simplesmente Saudável", que fez com que o público se identificasse muito com o casal na telinha de Chapecó.

Após a morte de Giovane, Isabella passou a escrever crônicas para o namorado em suas redes sociais. Oito delas foram publicadas abertamente e outras 14 no livro que lançou há alguns meses. Uma maneira que a jornalista encontrou de dividir as coisas do cotidiano com Giovane e com as pessoas ao redor, conectadas pela rede. 

Além de Giovane, estavam no voo os repórteres Laión Espíndula e André Poddiacki, o técnico de externas Bruno Mauri da Silva e e o repórter cinematográfico Djalma Neto, todos integrantes do grupo. 

Cinegrafista da RBS há três anos, Vinícius Farfus teve a oportunidade de trabalhar com a equipe que faleceu no acidente, mas tinha um maior contato com Klein e Laion Espíndula.

"Duas perdas que me marcaram muito foram a do Giovane e a do Laion. Trabalhei pouco tempo com o Klein, mas foi uma das pessoas mais importantes com quem já trabalhei. Aprendi a ser profissional, a prendi o que fazer e, principalmente, o que não fazer. Tivemos casos engraçados, como em um dia que fomos entrevistar um delegado e ele havia ido sem terno e, como era para o jornal da noite, não podia ser sem. Até que o Giovane teve a ideia de pedir o terno do delegado emprestado para gravar sua passagem para a TV", diverte-se Vinícius. 

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Cinco famílias cobram indenização

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PUBLICADO EM 29/11/17 - 12h28

O advogado e especialista em defesa de vítimas de acidentes aéreos, João Tancredo, entrou com uma ação contra a Chapecoense, Lamia e a seguradora Biza, responsáveis pelas indenizações do acidente aéreo representando cinco das 21 famílias de jornalistas que estavam no voo.

O representante das famílias explica que existe uma apólice de U$25 milhões, que deve ser paga pela seguradora Biza aos familiares das vítimas. No entanto, um acordo foi sugerido para que cada família recebesse 200 mil dólares, sendo que a conta do valor do apólice dividida pelas 76 famílias ultrapassa a casa dos U$ 320 mil.

“Um fato importante e que muitas famílias não se deram conta e de que a data final para entrar contra a seguradora é de um ano após o acidente, ou seja: no próximo dia 29. Além do seguro, há também o pedido de indenização medido pela extensão do dano, que nada mais é do que a multiplicação do valor que cada profissional recebia por mês pela expectativa de vida do mesmo. Esses valores ultrapassam o valor individual designado pela seguradora Biza e pode recair sobre a Chapecoense - contratante da Lamia e da Lamia - transportadora, que tem como obrigação levar os passageiros sãos e salvos ao destino”, explica João Tancredo.

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Expediente

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PUBLICADO EM 29/11/17 - 12h32

Reportagem: Lohanna Lima | Editor Portal O Tempo: Cândido Henrique Silva | Infografias: Denver Oliveira Diretor Executivo: Heron Guimarães | Editora Executiva: Lúcia Castro | Secretaria de Redação: Michele Borges da Costa, Murilo Rocha e Renata Nunnes | Data de publicação: 29/11/2017

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